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‘Vergonhoso’, diz viúva de vítima da ditadura sobre Lula proibir críticas nos 60 anos do golpe

Suzana Lisboa foi companheira de Luiz Eurico Tejera Lisboa, cujo corpo foi o primeiro a ser encontrado entre os desaparecidos da ditadura
13/03/2024 | 10h00

A entrevistada do ICL Notícias Segunda Edição na terça-feira (12) foi Suzana Lisboa, que fez parte do movimento estudantil gaúcho e militante da Ação Libertadora Nacional (ALN). Ela viveu na clandestinidade entre 1969 e 1978 e foi companheira de Luiz Eurico Tejera Lisboa, cujo corpo foi o primeiro a ser encontrado entre os desaparecidos da ditadura. Suzana critica duramente a decisão do presidente Lula de cancelar as manifestações dos ministérios em repúdio ao golpe militar de 1964, que em 2024 completa 60 anos.

“Queremos justiça quanto àqueles que torturaram, que vazaram os olhos, que arrancaram cabeças, que esconderam os corpos e que nos torturam até hoje com essa dúvida. Eu sou uma das pouquíssimas que teve a sorte de achar o seu desaparecido, eu tenho um túmulo para prantear. Centenas de familiares não têm. Ele (Lula) não sabe o que é isso”, lamenta Suzana. “Eu estou engasgada com essa decisão dele, estou envergonhada”.

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