O presidente Lula reuniu ministros do governo federal na manhã desta quinta-feira (14) para discutir formas de reduzir os preços dos alimentos. No Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), “alimentação e bebida” foi um dos grupos que tiveram alta de preços em fevereiro.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação geral do país foi de 0,83% no mesmo mês.
“Agora pela manhã vamos falar sobre a produção de alimentos e o que faremos para baixar o preço desses produtos”, disse Lula em uma publicação em seu perfil na rede social “X” (antigo Twitter).
Dia de reuniões importantes aqui no Palácio do Planalto. Agora pela manhã vamos falar sobre a produção de alimentos e o que faremos para baixar o preço desses produtos. Na parte da tarde vamos falar dos crescentes investimentos da indústria automotiva no Brasil em biocombustíveis…
— Lula (@LulaOficial) March 14, 2024
Foram convocados para a reunião os ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Carlos Fávaro (Agricultura), além do presidente da Companhia Nacional de Abastecimento, Edegar Pretto.
De acordo com o presidente, na parte da tarde, também será realizada uma reunião para falar dos “crescentes investimentos da indústria automotiva no Brasil em biocombustíveis e carros elétricos”.
Preço dos alimentos
A alimentação no domicílio teve nova alta forte (1,12%), por influência das temperaturas mais elevadas neste início de ano e um maior volume de chuvas que prejudica a safra de produtos, segundo o IBGE.
Subiram os preços da cebola (7,37%), da batata-inglesa (6,79%), das frutas (3,74%), do arroz (3,69%). O leite longa vida também é destaque (3,49%). Houve, porém, uma desaceleração no subgrupo Alimentação no domicílio em relação ao mês anterior, quando havia subido 1,81%.
13 milhões de brasileiros deixaram de passar fome em 2023
O número de brasileiros que passam fome caiu de 33 milhões em 2022 para 20 milhões em 2023. É o que aponta uma pesquisa do Instituto Fome Zero encomendada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
O estudo foi feito a partir do cruzamento de dados da Pesquisa de Orçamento Familiar e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), ambas do IBGE.
O instituto estima que, após subir de 20,6% para 32,8% entre 2018 e 2021, o nível de insegurança alimentar caiu desde então e chegou a 28,9% em 2023. O estudo leva em conta duas situações de insegurança alimentar: moderada e grave.
Os fatos apontados para explicar os números são a queda do desemprego, com a dinâmica favorável dos preços, especialmente dos alimentos. O crescimento da renda da população, puxado principalmente pelos ganhos com os programas de transferência de recursos e pelo reajuste acima da inflação do salário mínimo, também são apontados.
Lula quer erradicar fome até 2026
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou que o combate à fome é “prioridade zero” do governo federal. Segundo ele, até encerrar o mandato, em 2026, nenhum brasileiro passará fome por falta de comida. A afirmação foi feita nesta terça-feira (5) durante reunião do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), no Palácio do Planalto.
Na ocasião, o presidente regulamentou a nova composição da cesta básica de alimentos e o Programa Cozinha Solidária, que fornecerá alimentação gratuita a pessoas em situação de rua e de insegurança alimentar.
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