O ex-PM Ronnie Lessa relatou nos depoimentos de sua colaboração premiada com a Polícia Federal, ao menos dois encontros com os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco. Um teria ocorrido meses antes para a “encomenda” do crime e uma segunda reunião aconteceu algum tempo depois do homicídio. A informação foi publicada pela TV Globo e confirmada pela coluna. No segundo encontro, Lessa relatou preocupação com a repercussão do caso.
Lessa fez um acordo de colaboração premiada com a PF e o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) homologou na terça-feira (19). Na segunda, o ex-PM fez uma audiência com o STF para afirmar sua intenção de colaborar.
Na quarta-feira (20), Mohana Lessa enviou, com exclusividade para a coluna, uma carta na qual disse que o crime é uma “brutalidade” e é “inadmissível”. Ela disse que não fala diretamente com Ronnie há cerca de oito meses e que recebeu algumas cartas atrasadas nas últimas semanas, mas, em nenhum momento, ele tratou do assunto da delação com a família. Na carta enviada à coluna, Mohana diz que a família não quer fazer parte do acordo. “Não aceitamos e não aceitaremos qualquer proteção vinda desse acordo”, escreveu ela.
A filha de Ronnie Lessa ressaltou que o pai sempre declarou, para ela, ser inocente da acusação do MP do Rio (Ministério Público do Rio) que o aponta como o assassino da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes. Na quarta-feira (20), o advogado Bruno Castro, que atuava na defesa de Lessa, deixou o caso.
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