Por Karla Gamba
Durante o planejamento do assassinato de Marielle Franco, os investigados infiltraram um miliciano no PSOL, partido da vereadora, para acompanhá-la e levantar informações sobre ela.
O infiltrado foi Laerte Silva de Lima, que levou aos irmãos Chiquinho e Domingos Brazão a informação de que Marielle pediu para a população da região da Zona Oeste não aderir a novos loteamentos situados em áreas de milícia. A região era onde os irmãos, presos neste domingo (24), atuavam junto a grupos paramilitares.
Laerte Silva de Lima, um dos réus da investigação que apurou a prática de organização criminosa na região de Rio das Pedras e Muzema. Adriano da Nóbrega, conhecido como chefe do “escritório do crime”, também foi réu na mesma investigação.
Hoje a Polícia Federal prendeu os suspeitos de serem mandantes da morte da vereadora.
A operação conjunta da PF, da Procuradoria Geral da República e do Ministério Público do Rio de Janeiro prendeu Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Chiquinho Brazão, deputado federal do Rio de Janeiro, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio (este, acusado de ser coautor).
Além das três prisões, foram expedidos 12 mandados de busca e apreensão na sede da Polícia Civil do Rio e no Tribunal de Contas do Estado. Os agentes apreenderam documentos e levaram eletrônicos para perícia.
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