O Irã advertiu os Estados Unidos a “ficarem de fora” do conflito com Israel. Neste sábado (13), drones e mísseis balísticos iranianos foram interceptados pelas Forças de Defesa de Israel (IDF). Foram registrados danos leves ao país e não há feridos.
Na rede social X, a Missão Permanente do Irã nas Nações Unidas afirmou que o “assunto pode ser considerado encerrado” e alertou os Estados Unidos não se intrometerem no conflito com Israel.
“Caso o regime israelense cometa outro erro, a resposta será consideravelmente mais severa. É um conflito entre o Irã e Israel, do qual os Estados Unidos devem ficar longe”, diz o comunicado.
O ataque seria uma retaliação após Israel bombardear, no dia 1º de abril, o consulado iraniano em Damasco, na Síria. No ataque, um comandante sênior das Guardas Revolucionárias foi morto.
De acordo com o ministro das Relações Exteriores, Hossein Amirabdollahian, os avisos sobre o ataque de retaliação “foram dados aos Estados Unidos”.
Irã: ONU critica ataque
O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou o ataque. Ele pediu ainda moderação e cessação imediata das hostilidades entre os dois lados.
“Estou profundamente alarmado com o perigo muito real de uma escalada devastadora em toda a região. Peço a todas as partes que exerçam a máxima contenção para evitar qualquer ação que possa levar a grandes confrontos militares em múltiplas frentes no Médio Oriente”, disse Guterres.
Israel
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que Israel estava de prontidão para o ataque. O premiê também acrescentou que haverá resposta israelense.
“Nossos sistemas de defesa estão em prontidão e estamos preparados para qualquer cenário”, disse Netanyahu.
O governo de Israel informou que o espaço aéreo do país está fechado. Jordânia e Iraque também bloquearam todos os voos. Representantes da Palestina emitiram alerta para que população se mantenha em casa.

Após ataque, presidente Joe Biden se reúne com secretários de Defesa e de Estado, além de comandantes militares. Foto: Divulgação
Joe Biden
Nos Estados Unidos, o presidente Joe Biden se reuniu com os comandantes militares e os secretários de Defesa e de Estado militares e se reuniu com sua equipe de segurança nacional.
Biden reafirmou o compromisso com a segurança de Israel. Em seguida, o presidente americano participou de reunião com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
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