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Rede social X diz ao STF que ‘falha técnica’ permitiu live de perfis bloqueados

Plataforma afirma que não teve a intenção de contornar ou desrespeitar as decisões judiciais brasileiras
26/04/2024 | 18h19

A rede social X comunicou nesta sexta-feira (26) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que uma “falha técnica” permitiu que seis perfis bloqueados judicialmente divulgassem links para transmissões ao vivo em outras redes. As publicações ficaram visíveis apenas em dispositivos móveis e a falha, considerada “pontual” pela plataforma, foi corrigida.

Os advogados da rede social também afirmaram que os usuários das contas bloqueadas tentaram contornar as restrições usando de forma “inovadora” o recurso “Spaces”, que permite a comunicação por áudio.

A plataforma ainda esclareceu que não houve “reativação das contas” ou autorização para uso, tratando-se apenas de uma falha técnica isolada. O jornalista Allan dos Santos está entre os citados que violam as medidas.

As informações foram apresentadas no inquérito aberto no STF para investigar uma suposta obstrução de Justiça pelo proprietário da plataforma, Elon Musk, com o ministro Alexandre de Moraes como relator.

Musk ameaçou descumprir as determinações de Moraes no bloqueio de contas do X no dia 6 de abril. Reprodução

Musk ameaçou descumprir as determinações de Moraes no bloqueio de contas no dia 6 de abril. Foto: Reprodução

X afirma compromisso com Justiça

De acordo com documento, a plataforma afirmou que o relatório da Polícia Federal “pode levar a uma interpretação incompleta da eficácia e abrangência das ações adotadas” pelas operadoras da rede social.

A empresa explicou que a falha técnica também permitiu que os seis perfis bloqueados exibissem foto de perfil, foto de capa e biografia do usuário em aplicativos móveis, mas as publicações continuaram bloqueadas e não visíveis.

“Essa falha operacional, embora tenha permitido o acesso limitado a elementos não essenciais das contas via aplicativo móvel, foi pontual e não representa uma violação das ordens judiciais proferidas pelos STF e TSE”, afirmou.

A plataforma enfatizou que não houve intenção de contornar ou desrespeitar as decisões judiciais. “A discrepância observada foi resultado de um problema técnico isolado, sem intenção de contornar ou de qualquer forma desrespeitar as decisões judiciais vigentes”.

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