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Polícia do Rio recupera 8 dos 21 fuzis furtados do Arsenal de Guerra do Exército

Foram apreendidas quatro metralhadoras ponto 50 e quatro calibre 7,62, armamento capaz de derrubar aeronaves. Três militares são suspeitos de participação e diretor do quartel em Barueri foi exonerado
19/10/2023 | 19h40

A Polícia Civil do Rio de Janeiro recuperou hoje, quinta-feira (19), oito das 21 metralhadoras do Exército Brasileiro que foram furtadas do Arsenal de Guerra de Barueri, em São Paulo. O armamento foi interceptado por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) na Gardênia Azul, em Jacarepaguá, bairro da Zona Oeste carioca.

Foram apreendidas quatro metralhadoras calibre ponto 50 e outras quatro MAGs, calibre 762. As armas são conhecidas pelo forte poder de fogo e alcance, capazes de derrubar aeronaves. O furto ao Arsenal de Guerra foi descoberto em 10 de outubro, mas teria acontecido no dia 7 do mesmo mês.

O Exército já identificou três militares suspeitos de participação no crime e anunciou hoje a exoneração do diretor da unidade que, em tese, deveria fiscalizar o arsenal. A força também informou que mais militares serão responsabilizados.

VÍDEO INTERCEPTADO

Na quarta-feira (18), a Polícia Civil interceptou um vídeo em que quatro das armas eram oferecidas a criminosos do Comando Vermelho (CV) das favelas da Nova Holanda, no Complexo da Maré, Vila Cruzeiro, na Penha, Rocinha e Cidade de Deus.

Nesta quinta, os investigadores receberam informação de que o armamento sairia da Rocinha para a Gardênia Azul. O veículo com as armas foi monitorado e, quando chegou à comunidade em Jacarepaguá, foi interceptado pelos policiais.

O armamento estava em um carro roubado.

Na rede social X, o governador Cláudio Castro comemorou a apreensão da Polícia Civil.

“Quero parabenizar os policiais da nossa Delegacia de Repressão a Entorpecentes que, na tarde de hoje, encontraram 8 das 21 metralhadoras furtadas do Exército em Barueri, São Paulo. Quatro metralhadoras ponto 50 e outras 4 MAGs, calibre 7,62 foram interceptadas”, postou.

O recém nomeado secretário de Polícia Civil, delegado Marcos Amin, acrescentou que o armamento foi comprado pelo Comando Vermelho para enfrentar quadrilhas rivais: “Elas foram adquiradas pela facção para disputa de território das comunidades da região”.

 

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