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Exército afasta militares que fizeram falso alerta de evacuação em Canoas (RS)

"O Exército Brasileiro esclarece que tal situação decorreu de um grave erro de procedimento", esclareceu a força, em nota
27/05/2024 | 17h27

(Folhapress*) — O Exército afastou e abriu investigação interna contra militares que, no domingo (26), evacuaram moradores de um bairro de Canoas–RS com a informação falsa de que um dique havia se rompido na região.

O caso ocorreu por volta das 18h. Militares da 14ª Brigada de Infantaria Motorizada receberam vídeos que circulavam em redes sociais sobre um suposto rompimento da represa e, sem checar a veracidade das informações, enviaram um alerta aos moradores do bairro Mathias Velho.

“O Exército Brasileiro esclarece que tal situação decorreu de um grave erro de procedimento. Medidas administrativas foram adotadas para apurar rigorosamente os fatos. Os militares diretamente envolvidos foram afastados de suas atividades durante o processo de investigação”, disse a Força, em nota.

O Exército ainda disse que reitera seu “compromisso com a população afetada pela catástrofe ambiental” e manifestou “solidariedade a todos os moradores que foram erroneamente informados”. “A 14ª Brigada de Infantaria Motorizada […] pede sinceras desculpas pelo ocorrido”, concluiu.

Os vídeos e relatos sobre o falso rompimento do dique de Canoas passaram a circular nas redes sociais no domingo.

Cerca de uma hora após o Exército iniciar a evacuação do bairro, a Prefeitura de Canoas informou à população que o bairro estava seguro e que a informação que circulava era falsa.

Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre

Base Aérea de Canoas tem voo comercial

A Base Aérea de Canoas–RS, na região metropolitana de Porto Alegre, recebeu hoje (27) o primeiro voo comercial remanejado do Aeroporto Internacional Salgado Filho, interditado por tempo indeterminado devido às consequências das chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde o fim de abril.

O Airbus A320 operado pela empresa Latam pousou no terminal militar às 8h desta segunda-feira, proveniente de São Paulo, com 173 passageiros a bordo. Da Base Aérea, os passageiros foram transportados de ônibus até a estrutura montada em um shopping center, a cerca de 3 quilômetros de distância, para servir de terminal de embarque e desembarque.

Localizado no piso L2 do ParkShopping Canoas, o terminal provisório dispõe de um espaço para que as companhias aéreas realizem o check-in, despacho de bagagem e embarque dos passageiros.

Segundo a Fraport Brasil, empresa concessionária responsável pela gestão do Salgado Filho, no local foram instalados equipamentos de raio-x e pórticos detectores de metal para a inspeção de passageiros e bagagens de mão. Toda a operação é supervisionada pela Polícia Federal, conforme exige a legislação aeroportuária.

Após o check-in, os usuários devem aguardar em uma sala de embarque improvisada para, posteriormente, serem transportados até a Base Aérea.

Orientações para embarque

A orientação da Fraport Brasil é que os passageiros se apresentem no Terminal ParkShopping no mínimo três horas antes do horário de decolagem previsto. O processo de embarque se encerrará uma hora e meia antes do voo. Após este período, não será possível ingressar na sala de embarque.

O acesso de passageiros à Base Aérea será exclusivo para aqueles que realizaram os procedimentos de embarque no ParkShopping Canoas e somente com ônibus identificado pela Fraport Brasil. Os passageiros não devem se dirigir diretamente à Base Aérea.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou a operação de voos comerciais na Base Aérea de Canoas no último dia 20. A partir daí, Latam, Azul e Gol reprogramaram parte de seus voos no estado.

A princípio, o uso da base aérea é temporário, e vai até que o aeroporto de Salgado Filho esteja apto a operar novamente. Ele está fechado desde o último dia 3, sem previsão para reabrir.

Segundo a Fraport Brasil, é necessário aguardar que as águas baixem para avaliar a real dimensão dos danos e só então definir um plano de recuperação do terminal. Com a chuva, a pista de pousos e decolagens ficou submersa. Em alguns pontos do terminal de passageiros a água chegou a subir 2,5 metros.

“Reforçamos que essa operação foi estruturada para apoiar a malha aérea emergencial no Rio Grande do Sul. Desta forma, pedimos a compreensão e atenção dos passageiros sobre as características extraordinárias dessa operação na comparação com a estrutura do Aeroporto de Porto Alegre”, informou a concessionária, em nota.

*Com Agência Brasil

 

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