Nesta segunda-feira (10), o governo federal lançou um PAC (Programa de Aceleração de Crescimento) para universidades federais e hospitais universitários. A estimativa é que sejam investidos R$ 5,5 bilhões, sendo R$ 3,77 bilhões para as universidades e R$ 1,75 bilhão para os hospitais federais.
O programa também pretende construir de 10 novos campi das universidades federais brasileiras.
O anúncio do PAC veio como uma tentativa de conter a paralisação dos professores das universidades públicas, que já estão em greve há quase 60 dias.

Presidente durante anúncio de investimentos na educação: governo enfrenta crise com greve no setor. Foto: Ricardo Stuckert/ PR
As cidades contempladas com os novos campis serão: São Gabriel da Cachoeira–AM, Rurópolis–PA, Baturité–CE, Sertânia–PE, Estância–SE, Jequié–BA, Cidade Ocidental–GO, Ipatinga–MG, São José do Rio Preto–SP e Caxias do Sul–RS.
PAC: destino dos recursos
Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, o montante investido será divido entre 3,17 bilhões para obras de consolidação, que seriam obras que já estavam previamente planejadas como moradia estudantil e laboratórios, R$ 600 milhões para a expansão das universidades, e R$ 1,75 bilhão para os hospitais universitários.

Ministro da Educação, Camilo Santana: promessa de R$ 3,77 bi para universidades e R$ 1,75 bi para hospitais federais. Foto: Ricardo Stuckert/ PR
Foram anunciadas 37 obras para os hospitais universitários, em 31 hospitais. Serão construídos 8 novos hospitais ligados às universidades federais de Pelotas–RS, Juiz de Fora e Lavras–MG, Acre, Roraima, Rio de Janeiro, São Paulo e Cariri–CE.
Santana também anunciou o acréscimo de R$ 400 milhões nos custeios de instituições federais. Desse total, R$ 279,2 milhões seriam destinados às universidades, enquanto 120,7 milhões seriam para os institutos federais.
Durante a cerimônia o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ouviu cobranças a respeito do aumento salarial dos professores universitários. O Ministério da Gestão, afirmou ter apresentado a proposta final de reajuste no último dia 15, na qual haveria um aumento de 9% nos salários para 2025 e 5% para 2026.
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