O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi a segunda personalidade a falar neste sábado (15) no Despertar Empreendedor, que desde ontem está sendo realizado no Vibra Hall em São Paulo.
À saída do evento, o ministro foi perguntado pelo jornalista André Graziano, do ICL Notícias, sobre como está a negociação para chegar a uma fórmula para compensar a manutenção da desoneração da folha em 17 setores da economia.
Ontem, o presidente Lula disse que Haddad fez o que podia e que agora “a bola” está com o Congresso e com os empresários.
Perguntado sobre como está a negociação, ele respondeu: “Está bem encaminhada. Eles estão encaminhando para nossa avaliação a proposta, a Receita está fazendo as estimativas, acho que vai terminar bem”. Ele confirmou que o governo também participa das negociações.
Perguntado pela jornalista Gabriela Varella, do ICL Notícias — 2ª Edição, sobre a finalização da reforma tributária, Haddad revelou o cronograma “A previsão é em julho votar na Câmara e no segundo semestre no Senado. O mais difícil já foi feito, que foi a Emenda Constitucional, ela veio pra ficar. Agora são os detalhes, mas o clima é muito bom”, disse.
No campo internacional, o ministro classificou como histórica a presidência brasileira do G20.
“Não tenho lembrança de um G20 tão efervescente como o atual, em relação a ideias novas para construir um mundo melhor. Tanto do ponto de vista social, quanto do ponto de vista ambiental, porque a crise climática está aí e a gente precisa de recursos para resolver esse problema”, afirmou Haddad.
“Semana passada, o presidente Biden e o presidente Macron soltaram uma nota conjunta em apoio à presidência brasileira no G20, o que não é pouca coisa, com duas potências do G7. Se continuarmos angariando apoio de outros países, como a Espanha, penso que podemos chegar a um bom resultado final”.
Haddad no Despertar Empreendedor
Em sua participação no evento, o ministro Fernando Haddad foi entrevistado por Eduardo Moreira e Leandro Demori. Ele falou sobre as dificuldades econômicas que passou na infância, contou que o pai era uma pessoa do campo, que sempre o incentivou a se dedicar a ser uma pessoa melhor.
Explicou que só pôde estudar de forma tardia, porque sua casa não tinha muitos livros além dos que a escola mandava comprar, mas que, quando pôde, correu para aprender tudo o que podia no menor tempo possível.
Haddad disse ao público que se precisa preencher o cargo em algum formulário, coloca “professor”, porque essa é sua profissão.
Para o ministro, o Brasil tem mais recursos do que muitos países — citou o Japão –, mas que por deficiências educacionais, nações que não têm a nossa riqueza natural se posicionam à nossa frente.
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