A Meta, empresa dona das redes sociais Facebook e Instagram, vem acumulando ações judiciais que alegam que a empresa criou algoritmos que levam jovens a um vício destrutivo.
Somente na última semana, oito processos protocolados em tribunais nos EUA alegam que a exposição excessiva às plataformas da Meta, como Facebook e Instagram, levou a tentativas ou suicídios reais, distúrbios alimentares e insônia, entre outros problemas.
“Esses aplicativos poderiam ter sido projetados para minimizar possíveis danos, mas, em vez disso, foi tomada a decisão de viciar agressivamente adolescentes em nome dos lucros corporativos”, disse, em comunicado, o advogado Andy Birchfield, do escritório de advocacia que entrou com as ações.
Além dessas ações, a empresa tem enfrentado, nos últimos meses, uma série de casos, incluindo alguns apresentados por pais cujos filhos cometeram suicídio.
Em um deles, um ex-funcionário do Facebook afirmou, em depoimento no Congresso americano, que a empresa se recusou a assumir a responsabilidade por prejudicar a saúde mental de seus usuários mais jovens.
Ações
Uma das ações movidas contra a Meta na última semana foi movida por Naomi Charles, uma mulher de 22 anos que diz que começou a usar plataformas da Meta quando era menor e que seu vício a levou a tentar o suicídio.
A Meta “deturpou a segurança, utilidade e características não viciantes de seus produtos”, de acordo com um processo no tribunal federal de Miami. Naomi Charles pede, no processo, indenização para compensar a angústia, a perda do prazer pela vida e custos de hospitalização e contas médicas.
As alegações nos processos incluem design defeituoso, falta de aviso, fraude e negligência. As queixas foram apresentadas em tribunais federais nos estados do Texas, Tennessee, Colorado, Delaware, Flórida, Geórgia, Illinois e Missouri.
O que diz a meta?
Em resposta à série de acusações, a Meta, em abril, afirmou que está melhorando as ferramentas que fornece para os pais acompanharem o que seus filhos fazem em suas plataformas.
Segundo a alegação da empresa, ela possui uma ferramenta que, para os adolescentes em particular, envia um lembrete “Faça uma pausa” que os leva a tópicos diferentes se eles se detiverem em um assunto por muito tempo.
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