Por Igor Mello
O jovem imigrante congolês Moïse Kabagambe — espancado até a morte enquanto trabalhava em um quiosque na praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro– será homenageado amanhã (25) na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro). Ele receberá postumamente a Medalha Tiradentes, maior honraria do parlamento fluminense.
A homenagem foi proposta pela deputada estadual Dani Monteiro (PSOL-RJ), presidente da Comissão de Direitos Humanos da casa. A sessão solene em que a medalha será entregue aos familiares de Moïse tem como tema principal a máxima “migrar é um direito” e vai premiar também organizações de defesa dos direitos humanos que atuam na proteção aos direitos de refugiados no Brasil.
Serão contempladas com o Prêmio Marielle Franco as ONGs Abraço Cultural, Haiti Aqui, Venezuela Global, Associação Mawon e LGBT+ Movimento. A coordenadora de Migração e Refúgio e secretária executiva do Comitê Estadual Intersetorial de Políticas de Atenção aos Refugiados e Migrantes (CEIPARM), Eliane Vieira Almeida, também terá o trabalho reconhecido pela Alerj.
Acusados da morte de Moïse vão a júri popular
Em março, a Justiça do Rio decidiu que os três acusados por espancar o jovem congolês até a morte vão a júri popular. Fábio Pirineus da Silva, Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca e Brendon Alexander Luz da Silva respondem por homicídio triplamente qualificado.
As cenas do crime, ocorrido em 24 de janeiro de 2022, tiveram repercussão internacional. Nas imagens, é possível ver Moïse sendo derrubado, imobilizado e espancado no quiosque Tropicália, na praia da Barra da Tijuca. Os assassinos bateram nele com um bastão, além de aplicarem socos e chutes no jovem.
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