Pesquisa Genial/Quaest divulgada quarta-feira (10) indica que a aprovação do governo Lula cresceu para 54%, enquanto desaprovação passou para 43%. Este é o melhor resultado de aprovação do governo em 2024.
A tendência positiva deveu-se aos que declaram ter renda familiar de até 2 salários mínimos, estrato em que a aprovação subiu de 62% para 69% — a desaprovação caiu de 35% para 26%.
A aprovação melhorou entre as mulheres, onde a diferença triplicou e cresceu para 18 pontos percentuais. No começo do ano, a diferença entre aprovação e desaprovação era de apenas 6 pontos. Entre os homens, permanece um empate técnico dentro da margem de erro.
No segmento religioso, evangélicos ouvidos pela Genial/Quaest também mostrou queda significativa na aprovação da gestão Lula. Entre fevereiro e julho de 2024, a desaprovação caiu de 27 para 10 pontos percentuais. A vantagem do governo Lula entre católicos continua alta, na média, estável em 60 x 40.
A Quaest ouviu 2.000 pessoas entre os dias 5 e 8 de julho. O nível de confiabilidade do levantamento é de 95% e a margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Aprovação sobe entre os mais pobres
A variação positiva mais significativa na aprovação não veio, contudo, do Nordeste, onde o governo permanece com aprovação média próxima dos 70%, nem do Sul. Variação parece ter sido no Sudeste, já que a desaprovação que era 7 pontos maior que a aprovação em mai/24, ficou do mesmo tamanho em jul/24.
De acordo com Felipe Nunes, diretor do instituto Quaest, “a economia está perdendo protagonismo como o principal problema do país. De um ano pra cá, caiu de 31% para 21% quem afirma que a economia é o principal problema, enquanto passou de 10% para 19% quem acha que é a segurança, por exemplo”, escreveu em seu perfil pessoal na rede X.
Melhora na comunicação do governo
Entre os entrevistados, 41% disse que soube de alguma entrevista recente do presidente Lula — sobretudo, aquelas concedidas às rádios em cidades pelo país. Entre as opiniões mais citadas, estão: “salários deveriam subir acima da inflação (90%); “juros no Brasil são muito altos” (87%), “carne consumida pelos mais pobres deveria ser isenta de impostos” (84%) e “o governo não deve satisfação ao mercado” (67%).
O economista Roberto de Oliveira Campos Neto, indicado pela Presidência da República para o cargo de presidente do Banco Central, durante sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. A maioria dos brasileiros (66%) concorda com as críticas de Lula a Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central. Outra forma de mostrar que as aparições de Lula têm provocado boa recepção por parte da maioria da sociedade, é que 66% concordam com as críticas de Lula à política de juros do Banco Central.
A pesquisa ainda apontou os programas sociais mais lembrados e aprovados: Farmácia Popular e Bolsa Família.
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