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Obesidade: Europa elabora nova fórmula para medir índice de massa corporal

Estudo revela que fatores como circunferência abdominal e aspectos psicológicos devem ser incluídos no IMC
11/07/2024 | 12h44

A Associação Europeia para o Estudo da Obesidade (EASO) publicou um estudo na revista científica Nature Medicine em que sugere que o Índice de Massa Corporal (IMC) pode não ser o suficiente para indicar a obesidade.

No estudo, a organização propôs um novo método para calcular a gordura corporal, que leva em conta a circunferência abdominal e os aspectos psicológicos, além dos métodos usuais.

Segundo o estudo, o cálculo do IMC é feito a partir da divisão da altura pelo peso ao quadrado, porém deixa de fora outros fatores associados ao excesso de peso, como o acúmulo de gordura abdominal.

De acordo com o IMC, uma pessoa já é considerada obesa quando o índice é igual ou superior a 30 kg/m².

Contudo, segundo a nova estrutura proposta pela EASO, o valor seria de 25 kg/m², mais a gordura acumulada no abdômen, a relação cintura-altura acima de 0,5 e a presença de quaisquer comprometimentos médicos, funcionais ou psicológicos de complicações na definição de obesidade.

“Esta declaração aproximará o gerenciamento da obesidade do gerenciamento de outras doenças crônicas não transmissíveis, nas quais o objetivo não é representado por resultados intermediários de curto prazo, mas por benefícios de saúde de longo prazo”, disseram os autores.

Segundo um estudo publicado na revista The Lancet, mais de um bilhão de pessoas vivem com obesidade no mundo. Foto: Wilson Dias/ Agência Brasil

Futuros tratamentos contra a obesidade

O estudo ainda diz que é importante manter as recomendações prévias sobre o tratamento de pessoas muito acima do peso, e recomenda que mudanças no estilo de vida do paciente diagnosticado com a doença.

“Modificações comportamentais, incluindo terapia nutricional, atividade física, redução do estresse e melhora do sono, foram acordadas como principais pilares do gerenciamento da obesidade, com a possível adição de terapia psicológica, medicamentos para obesidade e procedimentos metabólicos ou bariátricos (cirúrgicos e endoscópicos)”, indicam os pesquisadores.

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