O presidente Joe Biden procurou neste domingo acalmar uma nação dividida após a tentativa de assassinato contra seu adversário Donald Trump, ressaltando, em um raro discurso no Salão Oval da Casa Branca, que é hora de “baixar a temperatura” da política hostil no país.
Enquanto os americanos se recuperam das imagens de um Trump ensanguentado erguendo o punho depois que um homem armado abriu fogo em um comício na Pensilvânia, Biden disse que a política americana “nunca deve ser, literalmente, um campo de batalha, um — Deus me livre — campo de morte”.
O democrata acrescentou que os dois lados têm a responsabilidade de acalmar a situação, antes de uma eleição polarizada que será, agora, “um período de teste” para os Estados Unidos.
Curto, porém contundente, o discurso ocorreu sem grandes problemas, exceto por Biden ter se referido duas vezes à urna eleitoral (“ballot box”) como “caixa de batalha” (“battle box”).
Biden pede união
Tanto Biden quanto Trump pediram ao longo do dia “união”, em um país polarizado politicamente. “A união é o objetivo mais difícil de alcançar, mas nada é mais importante neste momento”, disse Biden na Casa Branca, ao lado da vice-presidente, Kamala Harris, e do chefe da segurança nacional.
O democrata telefonou para Trump, para saber sobre seu estado de saúde após o ataque. A equipe de campanha de Biden pausou temporariamente os anúncios na TV.
Trump, 78, publicou em sua plataforma, Truth Social, uma mensagem semelhante: “Neste momento, é mais importante do que nunca que permaneçamos unidos, fortes e determinados, e impedindo que o mal vença”.
Trump chegou neste domingo a Milwaukee para participar da Convenção Nacional Republicana, pouco mais de 24 horas após ter ficado ferido no comício na Pensilvânia.
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