Na pior seca da história do país, o tempo segue quente e seco em todas as regiões do Brasil. A baixa umidade do ar dificulta a dispersão de poluentes nas camadas mais baixas da atmosfera, contribuindo para a má qualidade do ar. Nesta segunda (9), São Paulo, por exemplo, estava entre as metrópoles mais poluídas do mundo.
A onda de calor que atua sobre o país agrava a situação. As frentes frias não conseguem avançar para o interior do Brasi e deixam o tempo muito seco.
De acordo com previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o Centro-Oeste será a região mais afetada. Nas demais regiões, os seguintes estados devem ter umidade relativa do ar variando entre 30% e 20%.
Veja como ficam as regiões do Brasil
Centro-Oeste: Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Tocantins terão baixa umidade. Nas demais regiões, os seguintes estados devem ter umidade relativa do ar variando entre 30% e 20%.
Sul: norte do Rio Grande do Sul, oeste de Santa Catarina e Paraná;
Sudeste: São Paulo e Minas Gerais;
Nordeste: oeste da Bahia, de Pernambuco, da Paraíba e do Rio Grande do Norte, sul do Ceará, Piauí e Maranhão;
Norte: sul do Pará, do Amazonas e do Acre e Rondônia.
Queimadas e qualidade do ar
O acúmulo da poluição com a fumaça vinda dos incêndios e queimadas podem trazer riscos à saúde.
No tempo seco e com ar poluído, o Ministério da Saúde recomenda as seguintes medidas de prevenção:
– Aumentar a ingestão de água e líquidos ajuda a manter as membranas respiratórias úmidas e, assim, mais protegidas.
– Reduzir ao máximo o tempo de exposição, recomendando-se que se permaneça dentro de casa, em local ventilado, com ar-condicionado ou purificadores de ar.
– As portas e as janelas devem permanecer fechadas durante os horários com elevadas concentrações de partículas, para reduzir a penetração da poluição externa.
– Evitar atividades físicas em horários de elevadas concentrações de poluentes do ar, e entre 12 e 16 horas, quando as concentrações de ozônio são mais elevadas.
Chuvas só em outubro
Até a segunda quinzena de outubro, as chuvas devem se concentrar em pontos isolados da costa leste do Nordeste, no sul do Nordeste, partes do litoral do Sudeste e extremo Norte.
Segundo especialistas do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), a fumaça já se estende por quase 60% do território nacional. A fumaça impede a entrada de correntes de vento que vem do oceano, entram no território brasileiro pela Região Nordeste, passa por cima da Amazônia, onde ficam mais úmidas, e seguem para o Sul do Brasil.
Com as queimadas e incêndios ocorridos em julho e agosto, as correntes de vento encontraram a fumaça que vem das queimadas na Amazônia, e formaram “corredor de fumaça” que foram até o Sul do país.
SAIBA MAIS:
Brasil tem 200 cidades com níveis de umidade iguais ou inferiores ao Saara
Deixe um comentário