O Instituto Nacional de Estatísticas (Indec) da Argentina divulgou que a inflação no país, governado pelo ultraliberal Javier Milei, aumentou para 4,2% em agosto, em comparação com 4% no mês anterior. Os números saíram na última quarta-feira (11).
De acordo com os dados, o aumento de preços nos 12 meses encerrados em agosto foi de 236,7%, um dos níveis mais altos do mundo. O acumulado nos primeiros oito meses do ano atingiu 94,8%.
O aumento foi liderado pelo setor de habitação, água, eletricidade e gás, que registrou um incremento de 7% devido ao impacto das altas nos preços dos aluguéis e das tarifas de serviços públicos.
Também contribuíram para a alta da inflação na Argentina os setores de educação (6,6%), transporte (5,1%) e comunicação (4,9%).
Situação na Argentina
A Argentina, nos últimos meses, tem vivido um colapso no consumo, refletido pelos indicadores das câmaras empresariais, que mostraram uma queda de 10,5% em agosto em relação ao ano anterior.
No primeiro trimestre deste ano, a economia contraiu 5,1% em relação ao mesmo período do ano passado. No quarto trimestre de 2023, já havia caído 1,9%.
De acordo com o relatório do Indec, o setor de alimentos e bebidas não alcoólicas registrou um aumento de preços em agosto de 3,6%, sensivelmente menor do que o registrado no mês anterior (6,1%).
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