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TSE identifica pesquisas com indícios de fraude em 18 cidades do RJ

Institutos de pesquisa precários e sem estatísticos produzem levantamentos com erros e resultados contestados
17/09/2024 | 18h10

O Tribunal Superior Eeleitoral vem detectando fraudes em pesquisas eleitorais realizadas no Rio de Janeiro. Até agora, levantamentos realizados em 18 cidades do estado do Rio tiveram sua divulgação suspensa ou foram contestadas por conterem erros graves de metodologia, informa Berenice Seara do site Tempo Real.

Já em agosto, a Justiça Eleitoral suspendeu a divulgação de pesquisa eleitoral realizada pelo Instituto RE9 Produções para a prefeitura de Nova Iguaçu. Nela, as intenções de voto para o candidato do União Brasil, Clébio Lopes Pereira, conhecido como Jacaré, chegavam a 33,7%, resultado muito diferente de outras pesquisas.

Depois desse levantamento em Nova Iguaçu, foram suspensas ou contestadas pesquisas em Araruama; Belford Roxo; Cabo Frio; Cachoeiras de Macacu, Carapebus; Caxias, Guapimirim; Itaguaí; Itatiaia; Mangaratiba; Miguel Pereira; Paracambi; Paraty, Resende, Rio Bonito, Rio das Ostras e Saquarema.

O candidato do União Brasil em Nova Iguaçú, Clébio Lopes Pereitra (Foto: Reprodução redes sociais)

Pesquisas sem estatísticos

Essas consultas que apresentam indícios de fraudes e erros grosseiros são feita por institutos precários, que muitas vezes nem tem estatísticos na equipe. Um deles é o Instituto Intelligence Pesquisa e Comunicação, que já teve consultas investigadas em vários municípios do Rio e até São Paulo e no Espírito Santo. A razão social do instituto é Costa e Mariath Ltda.

As pesquisas eleitorais tem regras estabelecidas em lei, precisam estar registradas na Justiça Eleitoral. Os institutos são obrigados a fornecer informações sobre sua metodologia — onde e como foram colhidos os dados, tamanho da amostra etc.

Entre sanções previstas em lei para quem desobedece às regras, estão multas e até detenção. A divulgação de pesquisa sem o registro prévio das informações pode fazer os institutos receberam multa que varia de R$ 53.205,00 a R$ 106.410,00. A disseminação de levantamentos fraudulentos constitui crime, punível com multa nos mesmos valores além de detenção de seis meses a um ano.

 

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