O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, afirmou, nesta quinta-feira (7), que o governo enviará, ainda neste ano, uma lei ao Parlamento australiano para proibir redes sociais para crianças menores de 16 anos
“A mídia social está prejudicando nossas crianças e estou pedindo um tempo nisso”, disse Albanese em uma entrevista coletiva.
Segundo o primeiro-ministro, não haverá isenções para usuários que tenham consentimento dos pais. “O ônus recairá sobre as plataformas de mídia social para demonstrar que estão tomando medidas razoáveis para impedir o acesso”, disse Albanese.
De acordo com a ministra das Comunicações da Austrália, Michelle Rowland, as plataformas impactadas incluiriam o Instagram e o Facebook da Meta Platforms, bem como o TikTok, da ByteDance, e o X, de Elon Musk. O YouTube provavelmente também se enquadraria.
Proibição das redes sociais para menores

Não haverá isenções para usuários que tenham consentimento dos pais
Vários países já prometeram coibir o uso de mídias sociais por crianças por meio de legislação. A Austrália, inclusive, é um dos mais rigorosos com essa questão.
No ano passado, a França propôs uma proibição de mídias sociais para menores de 15 anos, embora os usuários pudessem evitar a proibição com o consentimento dos pais.
Nos Estados Unidos, há exigência de que as empresas de tecnologia busquem o consentimento dos pais para acessar os dados de crianças menores de 13 anos. Assim, a maioria das plataformas de mídia social proíbem aqueles com idade abaixo dos 13 de acessar seus serviços.
.
Pergunte ao Chat ICL
Relacionados
Movimento propõe pacto entre famílias para adiar contato de crianças com celulares
Grupo defende que entrega do primeiro smartphone ocorra após os 14 anos e acesso às redes sociais aos 16
Ex-ministros, juristas e personalidades lançam manifesto por regulamentação das redes
Movimento defende que as plataformas digitais e as redes devem ter uma 'regulamentação de funcionamento'
‘Greve das redes’ propõe 24 horas sem mídias sociais nesta segunda (21)
'Sem foco? Ansiedade? Doomscroll?', provoca uma das peças da campanha, que faz referência ao mergulho da vida contemporânea em algoritmos viciantes