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Economia

Índices futuros operam no positivo com feriado nos EUA; corte de gastos é destaque no Brasil

A equipe econômica detalha o pacote anunciado ontem (27) em entrevista coletiva a partir das 8h
28/11/2024 | 08h19

Em dia de feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos, nesta quinta-feira (28), os índices futuros permanecem operando no campo positivo, mas o dia deve ser de baixa liquidez pois os ativos à vista estão fechados. Amanhã (29), o mercado financeiro estadunidense fecha mais cedo.

Ontem (27), os ativos nos Estados Unidos fecharam no negativo após a divulgação do indicador de inflação PCE, o favorito do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) para balizar a política monetária.

Em outubro, o índice subiu 0,2% e 2,3% na base anual, em linha com as expectativas de economistas pesquisados ​​pelo consenso LSEG. A meta de inflação perseguida pelo Fed é de 2%.

Embora o dado sinalize a continuidade da política de corte de juros, a ata da última reunião do Fed, divulgada esta semana, indica que o ciclo de redução deve diminuir a partir de janeiro. Em dezembro, a autoridade monetária estadunidense realiza a última reunião do ano.

Além disso, os agentes acompanham a formação do governo do presidente eleito nos EUA, o republicano Donald Trump.

Por aqui, a quinta-feira será quente, tanto na temperatura quanto na movimentação do governo, em Brasília. Isso porque a equipe econômica do presidente Lula vai detalhar o pacote de corte de gastos anunciado ontem em pronunciamento em cadeia de rádio e TV pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O mandatário da Fazenda, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, farão entrevista coletiva a partir das 8h.

Na seara de indicadores, serão divulgados hoje a Sondagem de Serviços (novembro), o IGP-M (novembro) e o IPP (outubro).

Brasil

Depois da alta considerável de anteontem (26), o mercado financeiro renovou a artilharia ontem (27), fazendo com que o Ibovespa tombasse 1,73%, aos 127.668,61 pontos, queda de 2.253,77 pontos.

Tudo porque o governo, depois de quase um mês de negociações, anunciou o pacote de corte de gastos por meio de um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV, feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, às 20h30, ou seja, depois do fechamento do mercado financeiro. O pronunciamento teve sete minutos.

O dólar comercial chegou a bater R$ 5,929 na máxima do dia, para terminar com alta de 1,80%, a R$ 5,912.

Europa

As bolsas europeias se movimentam no campo positivo. Sem o mercado dos EUA como referência, os investidores repercutem dados locais, como a inflação na Espanha e na Alemanha, enquanto aguardam dados de confiança empresarial na Itália e na Espanha.

  • FTSE 100 (Reino Unido): +0,19%.
  • DAX (Alemanha): +0,58%.
  • CAC 40 (França): +0,52%.
  • FTSE MIB (Itália): +0,32%.
  • STOXX 600: +0,49%.

Estados Unidos

Os futuros de Nova Iorque operam hoje, mas os mercados à vista estão fechados devido ao feriado de Ação de Graças. Os indicadores caminham para encerrar a semana no campo positivo.

  • Dow Jones Futuro: +0,07%.
  • S&P 500 Futuro: +0,11%.
  • Nasdaq Futuro: +0,21%.

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam mistos. As ações da China lideraram os declínios, pois as medidas de estímulos à economia, anunciadas pelo governo, não estão surtindo os efeitos esperados.

Na Coreia do Sul, o banco central surpreendeu ao cortar sua taxa básica de juros em 25 pontos-base, para 3,0%. Analistas esperavam que a autoridade monetária manteria as taxas inalteradas ainda este mês.

  • Shanghai SE (China): -0,43%.
  • Nikkei (Japão): +0,56%.
  • Hang Seng Index (Hong Kong): -1,20%.
  • Kospi (Coreia do Sul): +0,06%.
  • ASX 200 (Austrália): +0,45%.

Petróleo

Os preços do petróleo operam em baixa nesta quinta, depois que um aumento surpreendente nos estoques de gasolina dos EUA antes do feriado de Ação de Graças no país gerou preocupação com a demanda no maior consumidor do combustível.

  • Petróleo WTI, -0,39%, a US$ 68,45 o barril.
  • Petróleo Brent, -0,36%, a US$ 72,57 o barril.

Agenda

No Japão, serão divulgados os seguintes indicadores: CPI (novembro), produção industrial (outubro) e vendas no varejo (outubro).

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o acordo entre Mercosul e União Europeia será concluído ainda este ano, apesar da oposição da França, destacando que as negociações são conduzidas entre os blocos e não por países individualmente. Durante evento na CNI (Confederação Nacional da Indústria), Lula criticou as resistências francesas, que classificaram os produtos agrícolas do Mercosul como prejudiciais aos agricultores europeus, e enfatizou o apoio da maioria dos países europeus, como Alemanha e Espanha. Na seara de indicadores, serão divulgados hoje a Sondagem de Serviços (novembro), o IGP-M (novembro) e o IPP (outubro).

*Com informações do InfoMoney e Bloomberg

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