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A Petrobras teve lucro líquido de R$ 32,555 bilhões no terceiro trimestre deste ano (julho a setembro), alta de 22,3% em relação ao mesmo período do ano passado, quando a petroleira reportou lucro de R$ 26,625 bilhões. A informação foi divulgada ontem (7) após o fechamento do mercado financeiro.

Com o resultado, a empresa reverteu o prejuízo de R$ 2,6 bilhões registrado no segundo trimestre, ligado à concentração contábil do pagamento de R$ 11,9 bilhões relativos ao acordo com o Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) para quitação de dívidas fiscais relacionadas ao pagamento de afretamento de embarcações.

O resultado é referente ao primeiro trimestre completo da estatal sob o comando de Magda Chambriard.

No acumulado do ano, o lucro da Petrobras chegou a R$ 53,650 bilhões, ante R$ 93,563 bilhões do mesmo período do ano passada. A queda anual é fruto do acordo com o Carf.

Os bancos projetavam lucro líquido entre R$ 27,2 bilhões e R$ 29,9 bilhões no período devido à queda na cotação do barril de petróleo no mercado internacional no período, que caiu de US$ 84,94 para US$ 80,18 entre julho e setembro.

Na nota divulgada com o balanço, a petroleira classificou o terceiro trimestre como de um “cenário externo desafiador”.

A Petrobras ainda destacou a queda de 6% no preço do petróleo e a menor margem de derivados, especialmente de diesel.

Porém, disse que esses fatores foram compensados pelo aumento da taxa de câmbio média do real frente ao dólar, que passou de R$ 5,22 para R$ 5,55 no período.

“Apresentamos um lucro líquido expressivo no trimestre, com uma forte geração de caixa e redução tanto da dívida financeira quanto da dívida bruta. Tudo isso em um cenário desafiador, de queda no preço do petróleo brent. Além disso, no 3º trimestre realizamos investimentos de US$ 4,5 bilhões em projetos que garantirão o futuro da companhia.  Nossos resultados mostram que estamos no caminho certo”, destacou a presidente da Petrobras em nota.

Receita de vendas da Petrobras somou R$ 129,582 bi no 3º tri

A receita de vendas da estatal somou R$ 129,582 bilhões no terceiro trimestre, alta de 3,8% em relação ao mesmo período do ano passado. No ano, a receita chegou a R$ 369,561 bilhões, queda de 2,2%. A companhia citou ainda aumento das vendas de petróleo no mercado interno, em função do aumento das entregas para Acelen, e maior receita com energia elétrica.

Segundo a estatal, a venda de seus combustíveis tiveram um preço médio de R$ 488,57 por barril no trimestre, alta de 5,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em julho, a Petrobras reajustou o preço da gasolina.

A companhia também destacou que os investimentos somaram US$ 4,5 bilhões no período, valor 30% maior em relação ao mesmo período do ano passado. No ano, o total soma US$ 10,890 bilhões, alta de 19,5%. Segundo a estatal, o segmento de Exploração e Produção liderou os aportes, com US$ 3,8 bilhões.

A petroleira também destacou o desenvolvimento da produção do polo pré-sal da Bacia de Santos (US$ 2,2 bilhão), a produção do pré e pós-sal da Bacia de Campos (US$ 0,8 bilhão) e investimentos exploratórios (US$ 0,2 bilhão).

A dívida bruta alcançou US$ 59,1 bilhões, recuo de 0,8% em relação ao trimestre anterior. A dívida líquida chegou a US$ 44,251 bilhões, queda de 4,1% no mesmo período. Já a dívida financeira, de US$ 25,8 bilhões, é a menor desde 2008.

Dividendos

O Conselho de Administração da estatal aprovou ontem o pagamento de dividendos intercalares no montante de R$ 17,12 bilhões, equivalente a R$ 1,32820661 por ação ordinária e preferencial, conforme comunicado ao mercado.

“O pagamento proposto está alinhado à Política de Remuneração aos Acionistas vigente, a qual prevê que, em caso de endividamento bruto igual ou inferior ao nível máximo de endividamento definido no Plano Estratégico em vigor (atualmente 65 bilhões de dólares), a Petrobras deverá distribuir aos seus acionistas 45% do fluxo de caixa livre”, afirmou a Petrobras.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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