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Expectativa de novas sanções à Rússia por Biden aumenta preço do petróleo

OPEP não contribui para queda do preço e escassez do petróleo
23/03/2022 | 13h52

Os líderes ocidentais devem anunciar novas sanções contra a Rússia pela guerra na Ucrânia na próxima quinta-feira (24). A declaração foi dada pelo conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, nesta terça-feira (22), tendo em vista que no dia 24 de março está prevista a participação do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, nas cúpulas do Conselho Europeu e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), em Bruxelas.

Aliás, as expectativas em relação a esta reunião de quinta-feira e o anúncio de novas sanções à Rússia por Biden já trouxeram volatilidade aos mercados hoje (23). O petróleo Brent voltou a se valorizar e é negociado a USD 118,60, com alta de 3,57%.

OPEP praticamente não alterou produção

A OPEP, entidade que poderia evitar uma alta contundente do preço da commodity, pouco alterou sua produção. Ela propôs uma elevação de cerca de 400 mil novos barris de petróleo por dia, o que não contribuiu com a amenização do caótico cenário internacional em relação ao preço do petróleo.

Análise do Boletim Economia para Todos Investidor Mestre aponta que a OPEP continua acreditando que os países membros da OCDE não atingirão o nível de demanda anterior à pandemia (2019), mesmo diante dos sinais econômicos demonstrados que indicam a aceleração das economias nestes países. A demanda chinesa, por exemplo, foi reduzida no primeiro semestre do ano e, mesmo com a alta prevista para o segundo semestre, há expectativa de nova queda no terceiro trimestre.

Essa deterioração da demanda global estimada pela OPEP justificou, segundo seus analistas, a continuidade da política de elevação apenas gradual da produção de petróleo. Em janeiro, com o aumento de apenas 400 mil barris por dia, a produção saiu de 28,03 milhões para 28,47 milhões de barris de petróleo por dia.

O preço do barril de petróleo estourou logo nos primeiros dias da guerra, mas, com o passar dos dias houve, uma acomodação dos preços, que passaram a responder de uma forma mais realista à situação da oferta da commodity no mundo. Contudo, o patamar em que o petróleo tem sido negociado nos últimos dias é substancialmente mais elevado do que no momento anterior ao conflito, uma vez que era operado a preços abaixo de US$ 100 por barril e, atualmente, tem mantido níveis acima de US$ 110 (hoje US$ 115).

Para os analistas do Boletim Economia para Todos, com “a sinalização da OPEP que não atuará para mudar o preço do petróleo, a variação do preço da commodity ficará à mercê do ânimo do mercado e das notícias sobre o conflito que saem diariamente. A OPEP poderia amenizar este choque, mas não parece que sua política de produção irá mudar no curto prazo, fazendo com que seja mais um componente que contribuirá para a alta do preço da commodity”, diz o Boletim.

Redação ILC Redação
Com informações do Boletim Para Todos Mestre Investidor e agências

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