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Banco Mundial reduz previsão de alta do PIB global 

Previsões também foram cortadas para economias em desenvolvimento por causa da disparada nos preços de alimentos, energia e fertilizantes
19/04/2022 | 12h36

O Banco Mundial reduziu em quase um ponto percentual a previsão de crescimento da economia de todo o mundo em 2022, devido aos impactos da guerra na Ucrânia. Com isso, a previsão de 4,1% anterior passou para 3,2%. A informação foi dada pelo presidente da instituição, David Malpass, nesta segunda-feira (18), destacando que a inflação e dívida dos países são os “dois grandes problemas” diante do Produto Interno Bruto (PIB) mundial.

O corte na projeção do PIB se dá pelo que Malpass chamou de “sobreposição de crises”, com a covid-19, alta inflação e invasão russa na Ucrânia. Ele afirmou também que a principal responsável pela redução da previsão do Banco foi a estimativa de contração de 4,1% na região da Europa e Ásia Central – que inclui Ucrânia, Rússia e países vizinhos.

Segundo Malpass, o Banco Mundial está respondendo às tensões econômicas adicionais da guerra com a proposta de uma nova meta de financiamento de crise para 15 meses, de US$ 170 bilhões, com o objetivo de comprometer cerca de US$ 50 bilhões desse montante nos próximos três meses.

As previsões também foram cortadas para economias em desenvolvimento por causa da disparada nos preços de alimentos, energia e fertilizantes provocada por interrupções no abastecimento relacionadas à guerra.

Devido aos altos níveis de déficit e dívidas, os países estão sob um “estresse financeiro severo”, afirmou o presidente o Banco. Sessenta por cento dos países de baixa renda já estão endividados ou em alto risco de chegarem a esse estado, de acordo com o Banco Mundial. Ao longo de 2022, a expectativa é que a crise de débito piore, disse Malpass.

Quanto à inflação, o presidente afirmou que políticas devem ajustar tanto a demanda quanto a oferta na economia, explicando que os mercados estão voltados para o futuro, “por isso é vital que governos e setores privados declarem que a oferta aumentará e que suas políticas promoverão a estabilidade da moeda para reduzir a inflação e aumentar as taxas de crescimento”.

Redação ICL Economia
Com informações das agências

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