A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apresentou, nesta quarta-feira (4), o plano da União Europeia para proibir totalmente a importação do petróleo russo, frisando que não será uma medida fácil, mas que os europeus vão trabalhar para isso.
A proposta faz parte do sexto pacote de sanções da UE contra a Rússia, em resposta à guerra na Ucrânia e, segundo Leyen, todas as importações de petróleo cru russo serão encerradas em seis meses, enquanto aquelas envolvendo produtos refinados vão acabar até o fim de 2022. A Rússia fornece 25% do petróleo importados pelos países do bloco.
No entanto, a medida ainda precisa ser aprovada por todos os 27 países da UE. Como forma de passar uma “certa tranquilidade” aos governos, Leyen afirmou que “garantiremos a eliminação gradual do petróleo russo de forma ordenada, maximizando a pressão sobre a Rússia, minimizando o impacto nas nossas economias”, afirmou.
Além do embargo ao petróleo russo, a presidente da Comissão apresentou a proposta para retirar o Sberbank, o maior banco da Rússia, do sistema SWIFT, sistema internacional de pagamentos.
A Comissão Europeia prevê algumas exceções no pacote econômico de sanções, mas que não foram detalhadas por Leyen. No entanto, funcionários da UE disseram à CNBC que Hungria e Eslováquia devem ter um prazo maior para substituir as importações de petróleo, uma vez que dependem quase totalmente da energia fornecida pela Rússia.
Rússia também anuncia sanções
Nesta terça-feira (3), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou decreto determinando a adoção de sanções econômicas retaliatórias ao Ocidente. Segundo o Kremlin, as medidas são resposta às “ações hostis, que contradizem o direito internacional, por parte dos Estados Unidos da América, nações estrangeiras e organizações internacionais”.
Notícia divulgada pela agência russa de notícias Tass informa que, para Putin, o Ocidente visa, com as sanções, “privar ilegitimamente a Federação Russa, os cidadãos da Federação Russa e entidades jurídicas russas de [seu] direito de propriedade”.
Pelo decreto, a Rússia vai proibir a exportação de produtos e matérias-primas para os sancionados. Também estarão vetadas transações com indivíduos e empresas estrangeiras atingidas pelas medidas. O documento ainda permite que russos não cumpram obrigações firmadas com os alvos das sanções e impede a realização de novos negócios.
O documento não detalha quem são os afetados pelas medidas e dá 10 dias para compilar uma lista com pessoas físicas e jurídicas estrangeiras a serem sancionadas. O Kremlin ainda deverá definir “critérios adicionais” para transações que podem sofrer restrições.
Redação ICL Economia
Com informações das agências
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