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Depois de uma semana de perdas, índices futuros e bolsas europeias operam no positivo nesta manhã de 2ª feira

Na semana, a agenda internacional tem como destaque a terceira e última revisão do PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos
19/12/2022 | 11h19

No primeiro dia da semana, as bolsas da Europa e os índices futuros de Nova York estão em trajetória de alta, após uma semana de perdas devido aos reajustes das taxas de juros pelos bancos centrais, com sinais de que uma recessão global pode estar a caminho.

Já na Ásia, os mercados acompanham o movimento de baixa das bolsas globais na sexta-feira passada. Na região, o pior desempenho veio da bolsa de Shanghai, da China, que liderou as perdas no continente, apesar das promessas do governo de estabilizar a economia no próximo.

Na quinta-feira passada (15), o BCE (Banco Central Europeu) elevou a taxa de juros de 1,5% para 2% ao ano, sinalizando que começará a reduzir seu balanço patrimonial em cerca de 15 bilhões de euros (US$ 15,9 bilhões) todos os meses, de março de 2023 até o final do segundo trimestre do ano. Um dia antes, o Fed (Federal Reserve) aumentou a taxa de juros em 0,50 ponto percentual e disse que novas altas de juros serão apropriadas em próximas reuniões.

Diante dessas decisões, os investidores estão preocupados com uma recessão, uma vez que o Fed elevou sua previsão de aumentos futuros acima das expectativas anteriores, dizendo que espera aumentar as taxas para 5,1%.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de sexta-feira (16) em baixa com investidores acompanhando um dia de aversão aos riscos em nível global. No mercado interno, Lei das Estatais e PEC da Transição seguem no radar dos investidores. O principal índice da Bolsa brasileira caiu 1,10%, aos 102.597 pontos.

Analistas do mercado financeiro explicam que os mercados, em nível global, continuam um movimento de aversão aos riscos iniciado no pregão da quinta-feira passada, influenciados sobretudo pelas decisões de política monetária nos Estados Unidos e na Europa nos últimos dias. No país norte-americano, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) elevou as taxas de juros em 0,5 ponto percentual, a um patamar entre 4,25% e 4,50% ao ano. Já na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) elevou a taxa de juros que paga sobre os depósitos bancários de 1,5% para 2%.

Nas negociações do dia do Ibovespa, o dólar fechou com menos 0,41%, cotado a R$ 5,29.

Europa

As bolsas da Europa operam nesta manhã de segunda-feira (19), após uma semana de perdas devido aos sinais emitidos pelos principais bancos centrais a respeito de um maior aperto monetário em 2023.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,37%
DAX (Alemanha), +0,59%
CAC 40 (França), +0,76%
FTSE MIB (Itália), +0,63%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam em alta nesta manhã de segunda, após duas semanas de perdas em Wall Street, devido aos temores dos investidores a respeito de uma recessão futura na economia mundial. Os sinais emitidos pelo Fed, que elevou sua previsão de aumentos futuros acima das expectativas anteriores, jogou pessimismo no mercado.

Dow Jones Futuro (EUA), +0,33%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,37%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,44%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam em baixa, seguindo as perdas em Wall Street na sexta-feira passada. A bolsa de Shanghai, da China, liderou as perdas no continente. O índice Shanghai Composite caiu 1,92%, para 3.107 pontos, quando a cidade anunciou que fechará a maioria das escolas novamente nesta segunda-feira, em consequência dos aumentos de casos de Covid-19.

Shanghai SE (China), -1,92%
Nikkei (Japão), -1,05%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,50%
Kospi (Coreia do Sul), -0,33%

Petróleo

As cotações do petróleo operam em alta nesta manhã, com o otimismo em relação à reabertura da China e à recuperação da demanda por petróleo superando as preocupações de uma recessão global.

Petróleo WTI, +0,23%, a US$ 74,46 o barril
Petróleo Brent, +0,42%, a US$ 79,37 o barril

Agenda

Na semana, a agenda internacional tem como destaque a terceira e última revisão do PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos. Nesta segunda, agenda de indicadores esvaziada. Está previsto o Índice do mercado imobiliário residencial NAHB.

Por aqui, no Brasil, no campo político, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes decidiu, na noite de ontem (18), autorizar a retirada de recursos para pagamento de benefícios do programa Bolsa Família (atual Auxílio Brasil) do teto de gastos e considerou legal o pagamento por meio de crédito extraordinário. A decisão deve facilitar o pagamento de R$ 600 prometido pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante a campanha eleitoral. Na semana passada, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou que a PEC da Transição será votada em plenário nesta terça-feira (20). Hoje, o STF retoma hoje (19) a votação sobre a constitucionalidade das emendas de relator, conhecida como orçamento secreto. No âmbito econômico, será divulgado o Boletim Focus.

Redação ICL Economia
Com informações das agências

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