Os bancos já renegociaram 1,296 milhão de contratos em quatro semanas, desde o início do programa Desenrola Brasil, em 17 de julho, informou a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) na quarta-feira (16). Foram R$ 8,1 bilhões negociados exclusivamente pela Faixa 2, que foca em resolver as dívidas de pessoas físicas com débitos negativados até 31 de dezembro de 2022 e renda de até R$ 20 mil. No total, foram beneficiados cerca de 985 mil clientes. A adesão ao programa irá até 31 de dezembro deste ano.
O programa Desenrola Brasil é uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele foi criado para promover um mutirão de renegociação de dívidas de pessoas físicas. A ideia central é tirar pessoas da lista de negativados e retomar o potencial de consumo da população.
A primeira fase do programa Desenrola Brasil foi encerrada em 28 de julho com 6 milhões de dívidas de até R$ 100 retiradas dos registros de negativados, uma contrapartida à participação dos bancos no programa. Isso significa que, se o devedor não tinha outros débitos pendentes, ficou com o “nome limpo” nos sistemas de proteção ao crédito.
Meta do Ministério da Fazenda para o Desenrola Brasil foi ultrapassada logo na primeira semana do programa
Inicialmente, o Ministério da Fazenda projetava que 1,5 milhão de pessoas poderiam ser contempladas por essa medida, mas a meta foi ultrapassada logo na primeira semana do Desenrola Brasil.
“Os números do Desenrola falam por si e são uma grande satisfação para todos, bancos, governo e a sociedade. A grande adesão e o interesse pelo programa na Faixa 2 são uma amostra do que virá em setembro, com a Faixa 1”, avaliou o presidente da Febraban, Isaac Sidney, em reportagem do G1.
A Faixa 1, que terá início em setembro, atenderá a população com renda de até R$ 2.640 (dois salários mínimos) ou inscritos no Cadastro Único do governo federal (CadÚnico). Poderão ser renegociadas dívidas financeiras e não financeiras de até R$ 5 mil, feitas entre 1º de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2022.
“As condições para renegociação das dívidas, nessa etapa, serão diferenciadas e caberá a cada instituição financeira, que aderir ao programa, defini-la”, disse a federação em nota.
Redação ICL Economia
Com informações do site G1 e das agências de notícias
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