O prefeito Ricardo Nunes (MDB) anunciou ontem que o centro de São Paulo vai receber reforço na segurança. Dos 2.400 policiais militares que se inscreveram para a nova etapa da Operação Delegada, o “bico oficial” da PM, em que agentes trabalham em seus dias de folga, cerca de 1.500 serão usados na região.
A informação foi dada por Nunes depois que ele foi questionado quanto ao ataque sofrido pelo Bar Brahma, na famosa esquina das avenidas Ipiranga e São João, na região central. No último domingo (3), uma tentativa de furto a um cliente terminou em uma confusão generalizada, com o apedrejamento do bar.
O episódio ocorreu pouco mais de duas semanas após Fabricio Cobra, secretário municipal da Casa Civil de São Paulo, afirmar em entrevista ao site Metrópoles que o centro da capital paulista “está melhorando” com mais policiamento nas ruas e reestruturação da carreira da Guarda Civil Metropolitana. Ele disse ainda que se sente seguro para andar pelo local. “Caminho falando no celular”, garantiu.
Sobre o reforço de policiamento, Ricardo Nunes disse que conseguiu uma adesão de 100% no centro, o que garantiria os 1.500 policiais de reforço. Segundo ele, os policiais começam a trabalhar nos próximos dias. Os demais 900 agentes irão para outros bairros em que também há intenso comércio de rua.
Havia 500 vagas para os PMs trabalharem no centro, mas elas não vinham sendo preenchidas porque, na avaliação da Prefeitura, o benefício pago aos agentes já não era mais atrativo. No fim de novembro, a Câmara Municipal aprovou um projeto de lei de Nunes que aumentou esses valores.
Os policiais militares terão reajuste de cerca de 20% na diária do bico oficial. Praças (soldados, cabos e sargentos) vão receber R$ 328 por dia trabalhado, no lugar dos atuais R$ 274, e oficiais (tenentes, capitães, majores e tenentes-coronéis) vão receber R$ 394 (hoje, são R$ 328). Os valores serão pagos também a guardas-civis municipais.
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