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Produção industrial recua 0,6% em julho

No ano, a indústria acumula taxa negativa (-0,4%) frente a igual período de 2022, e variação nula (0,0%) no acumulado dos últimos 12 meses
05/09/2023 | 12h38

Em julho de 2023, a produção industrial nacional recuou 0,6% frente a junho, na série com ajuste sazonal. Em relação a julho de 2022, a queda foi de 1,1%.

No ano, a indústria acumula taxa negativa (-0,4%) frente a igual período de 2022, e variação nula (0,0%) no acumulado dos últimos 12 meses.

produção industrial

Fonte: IBGE

Três das quatro grandes categorias econômicas e 15 dos 25 ramos pesquisados mostraram recuo na produção. Entre as atividades, as influências negativas mais importantes vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,5%), indústrias extrativas (-1,4%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-12,1%) e máquinas e equipamentos (-5,0%). Outras contribuições negativas relevantes vieram de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-8,0%), de produtos de metal (-4,8%) e de produtos de borracha e de material plástico (-3,8%).

Por outro lado, entre as nove atividades com alta na produção, produtos farmoquímicos e farmacêuticos (8,2%), produtos alimentícios (0,9%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,7%) exerceram os principais impactos em julho de 2023.

Entre as grandes categorias econômicas, ainda frente ao mês anterior, bens de capital (-7,4%) e bens de consumo duráveis (-4,1%) assinalaram as taxas negativas mais acentuadas em julho de 2023, com ambas acumulando perda de 9,5% em dois meses consecutivos de queda na produção. O setor de bens intermediários (-0,6%) também recuou em julho e marcou o segundo mês seguido de queda na produção, período em que acumulou redução de 0,8%.

Por outro lado, o único avanço no mês veio de bens de consumo semi e não duráveis (1,5%), que intensificou a expansão de 0,7% verificada em junho último.

Média móvel trimestral da produção industrial varia -0,1%

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou variação negativa de 0,1% no trimestre encerrado em julho de 2023 frente ao mês anterior, após também registrar -0,1% em junho último, quando interrompeu a sequência de altas ocorridas em maio (0,3%), abril (0,1%) e março (0,2%) de 2023.

Entre as grandes categorias econômicas, ainda na série com ajuste sazonal, bens de capital
(-1,9%) apontou a taxa negativa mais acentuada nesse mês e manteve a trajetória descendente iniciada em março de 2023. Os segmentos de bens de consumo duráveis (-0,4%) e de bens intermediários (-0,3%) também tiveram resultados negativos em julho de 2023.

O único resultado positivo nesse mês foi no segmento de bens de consumo semi e não duráveis (0,4%), após avançar 0,3% em junho último.

Frente a julho de 2022, houve quedas em três das quatro grandes categorias

Ante igual mês de 2022 o setor industrial recuou 1,1% em julho de 2023, interrompendo dois meses consecutivos de taxas positivas: 0,2% em junho e 1,9% em maio de 2023. A PIM registra resultados negativos em três das quatro grandes categorias econômicas, 17 dos 25 ramos, 52 dos 80 grupos e 57,0% dos 789 produtos pesquisados. Vale citar que julho de 2023 (21 dias) teve o mesmo número de dias úteis do que igual mês do ano anterior (21).

As principais influências negativas no total da indústria vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (-9,5%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-25,3%), produtos químicos (-6,7%) e máquinas e equipamentos (-9,8%).

Outros impactos negativos vieram de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-10,1%), celulose, papel e produtos de papel (-5,7%), confecção de artigos do vestuário e acessórios
(-9,6%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-5,6%), produtos de borracha e de material plástico (-3,7%), metalurgia (-2,4%), produtos de minerais não metálicos (-4,0%) e móveis (-9,0%).

Ainda ante julho de 2022, entre as oito atividades em alta, indústrias extrativas (7,0%) e produtos alimentícios (4,5%) exerceram as maiores influências. Destacam-se também as contribuições positivas de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,6%), de impressão e reprodução de gravações (29,8%) e outros equipamentos de transporte (9,8%).

Bens de capital apresenta a maior queda frente a julho de 2022

Ainda frente a julho de 2022, bens de capital (-16,9%) assinalou a redução mais acentuada entre as grandes categorias econômicas. Os segmentos de bens de consumo duráveis (-3,5%) e bens de consumo semi e não duráveis (-0,3%) também mostraram taxas negativas.

O setor produtor de bens intermediários, ao assinalar variação nula (0,0%) em julho de 2023, repetiu o patamar registrado em igual mês de 2022.

Acumulado do ano até julho fica em -0,4%

No acumulado do ano, frente a igual período de 2022, o setor industrial assinalou redução de 0,4%, com resultados negativos em duas das quatro grandes categorias econômicas, 17 dos 25 ramos, 47 dos 80 grupos e 55,5% dos 789 produtos pesquisados.

As principais influências negativas vieram de produtos químicos (-8,3%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-12,5%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-11,4%), máquinas e equipamentos (-6,0%) e produtos de minerais não metálicos (-7,7%).

Vale destacar também as contribuições negativas dos ramos de veículos automotores, reboques e carrocerias (-3,3%), de madeira (-15,5%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-8,9%), de metalurgia (-2,7%) e de produtos de metal (-3,4%).

Por outro lado, ainda na comparação com julho de 2022, entre as oito atividades em alta, indústrias extrativas (6,0%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,5%) e produtos alimentícios (2,9%) exerceram as maiores influências sobre a média da indústria.

Outros impactos positivos importantes foram registrados por produtos farmoquímicos e farmacêuticos (8,0%) e outros equipamentos de transporte (15,0%).

Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados em 2023 mostrou menor dinamismo para bens de capital (-10,8%). O setor de bens intermediários (-0,5%) também assinalou resultado negativo e com perda mais intensa do que a média da indústria (-0,4%).

Por outro lado, a maior alta no ano foi de bens de consumo duráveis (4,3%), impulsionado por eletrodomésticos (11,8%), automóveis (3,1%) e motocicletas (15,6%). O acumulado no setor de bens de consumo semi e não duráveis (1,4%) também foi positivo.

Da Agência de Notícias do IBGE

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