Dentro das expectativas de analistas, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve anunciou, nesta quarta-feira (1º), a manutenção da taxa de juros dos Estados Unidos no patamar de 5,25% a 5,50%.
É a segunda vez consecutiva que a autoridade monetária norte-americana mantém os juros nesse piso. Os juros do país seguem no maior patamar desde 2001.
No comunicado divulgado junto com a decisão, o Fomc sinalizou preocupação com o aumento nos rendimentos dos títulos do Tesouro. Na avaliação da autoridade monetária, esse ajuste para cima pode pesar sobre o desempenho da economia e da inflação.
“Condições financeiras e de crédito mais restritivas para famílias e empresas provavelmente pesarão sobre a atividade econômica, as contratações e a inflação”, escreveu o comitê, em comunicado.
Por outro lado, alguns integrantes da autoridade monetária também disseram que o recente aumento nos rendimentos dos Treasurys de longo prazo pode reduzir a necessidade de novas altas nas taxas.
Após a decisão, os índices acionários dos EUA, que avançavam, mantiveram os ganhos. Por volta das 15h05 (horário de Brasília), o S&P 500 subia 0,46%, enquanto o Nasdaq 100, com grande exposição ao setor de tecnologia, tinha alta de 0,70%. O dólar ampliou a queda e o Ibovespa acelerou os ganhos para até 1,8%.
Após o fechamento dos mercados hoje, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central anuncia a sua decisão sobre os juros. A expectativa é de que haja novo corte de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros (Selic).
Comunicado do Federal Reserve reforça que indicadores recentes sugerem atividade econômica forte
No comunicado divulgado com a decisão, o Fomc também sugere que os indicadores recentes mostram que a atividade econômica do país avançou em um ritmo forte no terceiro trimestre. “Os ganhos no emprego têm sido moderados desde o início do ano, mas continuam fortes. E a inflação permanece elevada”, diz o texto.
Além disso, o texto também reforçou que “o comitê procura atingir o nível máximo de emprego e levar a inflação à taxa de 2% a longo prazo”, e destacou que, ao determinar “a extensão do reforço adicional” que pode ser apropriado para atingir esses objetivos, levará em consideração: o aperto cumulativo da política monetária; a defasagem dos efeitos do aumento de juros na atividade econômica e na inflação; e os fatores econômicos e financeiros.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias
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