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Índices futuros operam no negativo em semana preparatória para a última reunião do Fomc nos EUA

No Brasil, o principal dado econômico da semana será o PIB do terceiro trimestre, apresentado pelo IBGE nesta terça-feira. A expectativa do mercado é de queda de 0,3% em relação ao trimestre anterior.
04/12/2023 | 11h32

As bolsas mundiais operam mistas, nesta manhã de segunda-feira (4), enquanto os índices futuros de Nova York estão em trajetória negativa, com os investidores reduzindo o ímpeto para riscos visto na semana passada. Nesta semana, mais dados econômicos importantes serão divulgados, podendo afirmar ou não a expectativa de que o ciclo de juros altos nos EUA tenha chegado ao fim.

Em matéria de indicadores, o protagonista desta semana é o emprego nos Estados Unidos, para o qual se espera que siga resistente, mas sem surpresas. Amanhã (5) sai a leitura sobre as vagas nos EUA (JOLTS) para outubro, seguida pelo relatório de emprego da ADP na quarta-feira e pelas folhas de pagamento não agrícolas na sexta.

Na próxima semana, o Comitê de Aberto Aberto (Fomc, na sigla em inglês) se reúne pela última vez no ano para arbitrar sobre suas taxas de juros. A decisão será divulgada na quarta-feira (13).

Na quinta (14), saem as decisões do BCE (Banco Central Europeu) e do Banco da Inglaterra. É consenso no mercado que nenhum desses bancos centrais baixarão os juros, uma vez que alguns dados econômicos seguem pressionando a inflação.

Além do payroll, o PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre da zona do euro e do Japão serão conhecidos.

No Brasil, o principal dado econômico da semana será o PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre, apresentado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira.

A expectativa do mercado é de queda de 0,3% em relação ao trimestre anterior, sendo a primeira retração da atividade econômica desde o segundo trimestre de 2021.

Brasil

Embalado pelo ritmo dos negócios no mercado externo, o Ibovespa encerrou o pregão de sexta-feira (1º) com alta de 0,67%, aos 128.184 pontos. Na semana, o principal índice da bolsa brasileira avançou 2,13%.

Com a agenda de indicadores esvaziada por aqui, os investidores acompanharam o apetite ao risco do exterior, impulsionado pelo discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell.

A fala de Powell deu ânimo aos mercados, após ele sinalizar que a estratégia do banco central dos EUA, de elevar os juros para controlar a inflação, deu certo. Isso sinaliza que o ciclo de aperto monetário deve mesmo ter chegado ao fim, notícia que reverbera em todos os mercados mundiais.

Os rendimentos dos Treasurys também reagiram, se afastando da marca dos 5%, tirando a pressão, portanto, da curva dos juros futuros (DIs) no Brasil.

O dólar terminou o dia a R$ 4,8689, com recuo de 0,70%. Nos últimos cinco dias, a moeda norte-americana desvalorizou 0,36%.

Europa

As bolsas da Europa operam ligeiramente em baixa na sessão de hoje, com os investidores reduzindo o apetite ao risco em meio às expectativas para as últimas reuniões de bancos centrais do ano.

O Stoxx 600 opera no vermelho, com as ações de mineração caindo 2,1% e liderando as perdas, enquanto as ações de petróleo e gás caíram 1,8%.

FTSE 100 (Reino Unido), -0,55%
DAX (Alemanha), +0,01%
CAC 40 (França), -0,39%
FTSE MIB (Itália), -0,24%
STOXX 600, -0,18%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam no negativo nesta manhã de segunda-feira (4), apagando parte dos ganhos da semana passada. O movimento aconteceu depois que o S&P500 renovou as máximas do ano na sexta-feira passada (1º), impulsionado pelas apostas de que o Fed (Federal Reserve) dará uma pausa no aumento dos juros na reunião da semana que vem.

S&P500, Dow Jones e Nasdaq registraram seus quintos ganhos percentuais semanais consecutivos. Na quinta-feira, eles encerraram um mês marcante em que os índices S&P 500 e Nasdaq registraram seus maiores ganhos percentuais em um mês desde julho de 2022, e o índice Dow Jones fechou em seu nível mais alto desde janeiro de 2022.

O movimento ocorreu depois da fala do presidente do Fed, Jerome Powell, que reconheceu a necessidade de o banco central norte-americano “avançar com cuidado” em meio a sinais de desaceleração econômica.

Dow Jones Futuro (EUA), -0,10%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,17%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,18%

Ásia-Pacífico

As bolsas da região fecharam hoje sem direção única, com destaques para as bolsas de Xangai e Tóquio, que fecharam no negativo.

A Bolsa de Xangai fechou em queda de 0,29%, em 3.022,91 pontos, e a de Shenzhen, de menor abrangência, caiu 0,34%, a 1.968,48 pontos. Ações de incorporadoras e farmacêuticas estiveram sob pressão.

Por sua vez, o índice Nikkei, do Japão, apontou baixa de 0,60%, a 16.830,30 pontos, com o iene mais fraco pressionando as exportações de empresas japonesas.

Shanghai SE (China), -0,29%
Nikkei (Japão), -0,60%
Hang Seng Index (Hong Kong), -1,09%
Kospi (Coreia do Sul), +0,40%
ASX 200 (Austrália), +0,73%

Petróleo

Os preços do petróleo operam com baixa, com a incerteza sobre os cortes voluntários da produção da OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo mais aliados) e o crescimento da procura global de combustíveis trazendo incertezas para o setor.

Petróleo WTI, -1,19%, a US$ 73,19 o barril
Petróleo Brent, -1,22%, a US$ 77,92 o barril

Agenda

Agenda internacional esvaziada de indicadores importantes nesta segunda-feira (4).

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, no domingo (3), que caso não haja o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia (UE), não foi por falta de vontade dos sul-americanos, mas por protecionismo dos europeus. No sábado (2), Lula se reuniu com o presidente da França, Emmanuel Macron, na tentativa de avançar com a negociação. “Se não tiver acordo, paciência, não foi por falta de vontade. A única coisa que tem que ficar claro é que não digam mais que é por conta do Brasil e que não digam mais que é por conta da América do Sul”, disse o petista. Na seara de indicadores, serão divulgados hoje o Boletim Focus, as transações correntes, variação nos pedidos fabris e haverá ainda um discurso do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias, InfoMoney e Bloomberg

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