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Selic alta ajudou lucro dos bancos a subir para R$ 145 bilhões em 2023, em novo recorde histórico

Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal encerraram 2023 com 57,8% do mercado de crédito e com 57,9% dos depósitos totais.
06/06/2024 | 14h50

O lucro dos bancos subiu 5% em 2023, para R$ 145 bilhões, e bateu novo recorde histórico, de acordo com o Relatório de Economia Bancária, divulgado na manhã desta quinta-feira (6) pelo Banco Central. A instituição não informou qual o valor ajustado exato do lucro de 2022.

O aumento do lucro líquido das instituições financeiras coincide com taxa básica de juros, a Selic, em um de seus maiores patamares históricos, de 13,75% ao ano até meados junho do ano passado.

A taxa Selic começou a cair somente em agosto de 2023, terminando o último ano em 11,75% ao ano, nível ainda alto na comparação internacional. Atualmente, a taxa básica de juros está em 10,50% ao ano.

lucros dos bancos

Fonte: Banco Central

Os quatro maiores bancos do país – Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal – encerraram o ano passado com 57,8% do mercado de crédito e com 57,9% dos depósitos totais. Em 2022, esses percentuais eram de, respectivamente, 58,6% e 58,4%.

“O Relatório mostra continuidade da redução da concentração no SFN [Sistema Financeiro Nacional], processo que vem ocorrendo nos últimos anos, e elevação do grau de concorrência no mercado de crédito, enquanto a concorrência em serviços financeiros ficou relativamente estável. A rentabilidade do sistema bancário, medida pelo ROE [Retorno sobre o Patrimônio], apresentou leve redução em 2023 e distribuição heterogênea dentro do grupo das instituições financeiras de maior importância sistêmica”, diz a nota do BC.

Lucro dos bancos: BC muda metodologia para medir concentração bancária

De acordo com o BC, a queda na concentração bancária em 2023 pode ser associada à atuação das instituições não bancárias no mercado de cartão de crédito e de crédito sem consignação; e às cooperativas de crédito, que se destacaram por sua atuação nos mercados de cheque especial e de capital de giro.

Mas a divulgação de dados de concentração bancária por parte do Banco Central mudou de formato. Até 2021, o BC contabilizava os cinco maiores bancos para auferir a concentração bancária. Naquele ano, essas instituições detinham 81,4% do mercado de crédito do país.

A instituição informou também, por meio do relatório, que a concorrência no mercado de crédito aumentou em 2023, ao mesmo tempo em que a concorrência em serviços financeiros ficou relativamente estável.

“Em geral, desde o início da pandemia, tem-se observado aumento da concorrência ou pelo menos relativa estabilidade. A concorrência nos segmentos bancário e cooperativo do mercado de crédito aumentou”, acrescenta o Banco Central na nota.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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