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Pai sobre suspeito de hackear conta de Janja: ‘Tranquilo’ e ‘detesta política’

A Polícia Federal cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte e Ribeirão das Neves
13/12/2023 | 10h49

A Polícia Federal cumpriu ontem, terça-feira (12),  quatro mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte e Ribeirão das Neves, na Grande Belo Horizonte, Minas Gerais. Os locais estão ligados a um suspeito de ter hackeado a conta no “X” (antigo Twitter) da primeira-dama, Janja Lula da Silva.

Em entrevista à TV Globo, o pai do suspeito, de 62 anos, afirmou que o jovem passa a maior parte do dia em casa, cria músicas para compartilhar na internet e “detesta política”.

“Ele é um rapaz tranquilo, passa o tempo em casa, se dedica à criação das suas músicas para postar na internet e detesta política… Tem que forçá-lo a votar, porque ele não gosta mesmo”, declarou o idoso.

Invasão

A invasão da rede social de Janja aconteceu por volta das 21h30 da última segunda-feira (11). Além de publicar mensagens ofensivas contra a primeira-dama, o presidente Lula e o ministro do STF Alexandre de Moraes, o hacker chegou a marcar a PF em uma de suas postagens, na qual disse: “Não estou nem aí. Não acredito que vou ser preso”.

Após o ocorrido, a Advocacia-Geral da União (AGU) enviou notificação extrajudicial ao X, solicitando providências à empresa. A AGU pediu o congelamento imediato da conta @JanjaLula até a conclusão das investigações e a preservação de todos os registros e elementos digitais relacionados à conta “a fim de subsidiar futuras ações judiciais”.

Em nota, a Janja afirmou:

“Na noite de ontem, os ataques de ódio e o desrespeito que eu sofro diariamente chegaram a outro patamar. Minha conta do X foi hackeada e, por minutos intermináveis, foram publicadas mensagens misóginas e violentas contra mim. Posts machistas e criminosos, típicos de quem despreza as mulheres, a convivência em sociedade, a democracia e a lei.”

E completou: “É comprovado que nós, mulheres, somos as que mais sofrem com os ataques de ódio aqui nas redes. O que eu sofri ontem é o que muitas mulheres sofrem diariamente”.

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