Por Sâmia Mendes – Agência Brasil
O Brasil tem um novo plano de combate ao câncer de colo, que prevê avanços no rastreio, tratamento e, principalmente, na vacinação contra o HPV. A expectativa é que com as novas orientações, em 20 anos, a doença pode se tornar residual no país.
Esse é o terceiro tipo de tumor mais comum entre as mulheres brasileiras, com cerca de 17 mil novos casos por ano; e a quarta maior causa de morte – aproximadamente 7 mil.
Quase 100% dos casos são decorrentes da infecção pelo Papilomavírus Humano, ou HPV, um vírus com mais de 200 tipos, dos quais apenas dois – o 16 e o 18 – são responsáveis por 70% dos casos.
E uma das novidades do Plano Nacional para a Eliminação do Câncer de Colo de Útero é a intenção de implementar no Sistema Único de Saúde um novo tipo de teste para diagnóstico do HPV, do tipo molecular. Esse teste substitui o exame feito atualmente, conhecido popularmente como preventivo ou papanicolau.

O plano é que em 20 ano, a doença seja residual no país (Foto: Marcello Casal/Arquivo/Agência Brasil)
Novo plano: autocoleta
Ainda segundo o novo plano, os serviços públicos também devem implementar um sistema de autocoleta, em que a própria paciente poderá extrair o material para a análise, sem a necessidade de uma consulta ginecológica. O método está sendo testado em cidades de Pernambuco e São Paulo e deverá ser adotado de forma escalonada em lugares selecionados, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, que apresentam as maiores taxas de mortalidade pela doença.
A eliminação do câncer de colo do útero, no entanto, só será possível se novas infecções pelo HPV deixarem de ocorrer, o que depende da vacinação. A meta é alcançar 90% do público-alvo, hoje composto por meninas e meninos de 9 a 14 anos.
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