Morreu na quinta-feira (26) o ator Ney Latorraca, no Rio de Janeiro. O ator estava internado devido a complicações decorrentes de um câncer de próstata. A informação foi divulgada pela assessoria de imprensa da Clínica São Vicente, hospital onde o artista estava internado. A clínica não divulgou informações sobre o motivo da morte, a pedido da família do ator.
Filho de artistas, Antônio Ney Latorraca nasceu em 25 de julho de 1944, em Santos (SP). Sua carreira começou quando tinha seis anos, com participações na Rádio Record.
Sua estreia no teatro ocorreu aos 19 anos, na peça “Pluft, O Fantasminha”, de Maria Clara Machado. Formou-se como ator na Escola de Arte Dramática (USP), onde teve aulas com Ziembinsky e Antunes Filho. Sua madrinha de formatura foi a atriz Marília Pêra (1943-2015).
Passou pelas emissoras Tupi, Cultura, Record e SBT, mas foi na Globo, onde estreou em 1975, que fez alguns dos personagens memoráveis da televisão: o Barbosa, do programa de humor TV Pirata, e Vlad, da novela Vamp.
Ney atuou em teatro, cinema e televisão
Durante a década de 1970, atuou em vários espetáculos, entre eles: “Hair” (1970), “Jesus Cristo Superstar” (1972), “Bodas de Sangue” (1973) e “A Mandrágora” (1975). Em 1983, participou da montagem de Antunes Filho de Rei Lear.
Em 1986, ao lado de Marco Nanini, atuou em “O Mistério de Irma Vap”. Com produção e direção de Marília Pêra, a peça foi grande sucesso de bilheteria, que permaneceu em cartaz por cerca de onze anos.
No cinema, destacam-se os filmes “O Beijo no Asfalto” (Bruno Barreto, 1981), “Ópera do Malandro” (Ruy Guerra, 1985), “Carlota Joaquina — Princesa do Brasil” (Carla Camuratti, 1995) e “Irma Vap — O Retorno”, a versão cinematográfica da peça homônima dirigida também por Carla Camuratti em 2006.
Como ator de televisão, Ney Latorraca não apenas atuou em diversas novelas, a partir de “Beto Rockfeller” em 1968, como em minissséries. Entre as mais importantes, estão “Anarquistas Graças a Deus”, adaptação do best seller de Zélia Gattai, e “Grande Sertão: Veredas”, do clássico de Guimarães Rosa.
Mas foi como o vampiro Vlad, em “Vamp” em 1991, na Rede Globo, que Ney fez muito sucesso papel, inclusive com o público jovem e infantil. Em muitas novelas, como “Zazá”, “Bang Bang” e “Negócio da China”, Ney integrava, sempre com destaque, o núcleo cômico. Seu trabalho mais recente na TV foi em 2019, na série “Cine Holliúdy”, onde reviveu o personagem Vlad.
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