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Ministra argentina quer aumentar fiscalização na fronteira com Brasil e não descarta cerca

Patricia avalia que no caso do Brasil um dos desafios é o controle de contrabando de mercadorias entre fronteiras
29/01/2025 | 05h49
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A Argentina prepara medidas de reforço de controle na fronteira, anunciou a ministra de Segurança do governo de Javier Milei, Patricia Bullrich. A pasta vai construir uma cerca de 200 metros na região de Aguas Blancas, próxima à Bolívia. À rádio Mitre, a ministra destacou os planos para reforçar o controle de tráfego de pessoas na província de Misiones, que faz fronteira com o Brasil nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

“É uma fronteira que passa muita gente caminhando, em muitos lugares, e onde tivemos assassinatos e problemas. Vamos ter uma fronteira muito mais controlada”, disse Patricia.

É o chamado Plano Guemes, lançado em dezembro de 2024 pelo governo Milei. Além do Brasil, a Argentina é vizinha da Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai.

Patricia avalia que no caso do Brasil um dos desafios é o controle de contrabando de mercadorias entre as fronteiras: “Há momentos em que saem produtos da Argentina para o Brasil porque têm preços mais baixos. E outros momentos, como agora, onde os contrabandistas tentam ingressar produtos ao país sem pagar impostos”, citou.

Uma das propostas do Plano Guemes gerou tensões com o governo boliviano: a construção de uma cerca de arame de 200 metros, na região de Aguas Blancas, na província de Salta. O objetivo, segundo o Ministério de Segurança, é ‘frear o ingresso de cocaína no país’.

Autoridades argentinas vistoriam fronteira com a Bolívia

Anúncio feito pela Argentina acirrou os ânimos

Bullrich não descarta a construção de outras cercas nas diferentes fronteiras, citando a região entre Bernardo de Irigoyen, em Misiones, e Dionísio Cerqueira, no Paraná: “Se precisarmos construir mais alambrados em outras áreas, vamos fazer”.

O anúncio da cerca acirrou os ânimos entre o governo Milei e de Luis Arce, na Bolívia. O ministro da Justiça boliviano, César Siles, considerou o ato como uma ‘violação aos princípios do Direito Internacional Público e, particularmente, às relações de boa vizinhança entre Estados-irmãos”, além de criticar a ‘falta de comunicação’ da Argentina.

Patricia minimizou as críticas e afirmou que a Argentina não comunicou a Bolívia sobre a construção da cerca por ‘não se tratar de um tema de fronteira, mas sim de um assunto interno’.

 

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