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Inflação nos EUA sobe 0,5% e fica acima das expectativas; Eduardo Moreira analisa

Para o economista e fundador do ICL, o mundo todo será impactado por essa alta
13/02/2025 | 05h10
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O indicador de preços ao consumidor nos EUA (CPI na sigla em inglês) aumentou 0,5% em janeiro, divulgou o Departamento do Trabalho nesta quarta-feira (12). A inflação norte-americana acumula alta de 3% em 12 meses.

A leitura veio acima das estimativas do mercado, que esperava uma alta mensal de 0,3% e anual de 2,9%, segundo a mediana das projeções coletadas pelo Broadcast.

A energia avançou 1,1% no mês, enquanto o índice de gasolina aumentou 1,8%. O índice de alimentação teve alta 0,4%, enquanto a alimentação em casa subiu 0,5% e a fora de casa avançou 0,2%.

O núcleo do CPI, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, avançou 0,4% no mês passado e foi a 3,3% em um ano. As expectativas eram de 0,3% e 3,1%, respectivamente.

Os dados são divulgados em um cenário de incerteza quanto à inflação futura, impulsionado pelo anúncio de tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Para Eduardo Moreira, inflação nos EUA vai impactar todo o mundo

O economista e fundador do ICL, Eduardo Moreira, analisou os dados. Segundo ele, uma das principais contribuições para a alta foi a gripe aviária nos EUA. “O preço dos ovos chegou a subir 25% em janeiro”.

Eduardo ressalta que a alta da inflação norte-americana impacta diretamente o mundo todo, inclusive o Brasil.  “A taxa de juros do país é uma taxa de juros em relação à taxa americana, que é a taxa referência. O dólar é a moeda de referência no mundo inteiro, é a moeda que os países usam como reserva, é a reserva de valor no mundo capitalista. E os Estados Unidos vinham num ciclo de queda de taxa de juros”.

Agora, de acordo com Eduardo Moreira, além da possibilidade de  taxa norte-americana não cair, pode voltar a subir. “Isso tem impacto em todos os países que poderiam voltar a subir taxa de juros ou parar os seus processos de queda. E no Brasil, que era um dos poucos países do mundo que estava subindo taxa de juros enquanto o resto estava caindo, esse negócio pode ser absolutamente horroroso”, pontua Eduardo.

O economista ainda destaca que as políticas de ataques aos imigrantes e de tarifas impostas por Trump têm alto poder inflacionário. “Então, a situação pode ficar ainda pior para o mundo”, conclui Eduardo.

Assista ao vídeo:

 

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