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Índices futuros sobem na volta do feriado nos EUA; mercados europeus operam mistos

No Brasil, o dia é de agenda econômica esvaziada
18/02/2025 | 08h24
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Os índices futuros dos EUA iniciam esta terça-feira (18) em trajetória positiva, no retorno do feriado do Dia do Presidente. Os investidores seguem atentos a falas de membros do Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense) e às negociações entre autoridades russas e norte-americanas para um acordo de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia. No entanto, a Ucrânia e lideranças europeias foram excluídos das negociações.

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, o conselheiro de Segurança Nacional, Mike Waltz, e o enviado para o Oriente Médio, Steve Witkoff, representaram a delegação do governo estadunidense em um encontro com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e o conselheiro de política externa, Yuri Ushakov.

Também participaram das negociações em Riade o ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, príncipe Faisal bin Farhan Al Saud, e o conselheiro de Segurança Nacional, Mosaad bin Mohammad Al-Aiban.

Ainda nos EUA, nesta quarta-feira (19) será divulgada a ata da última reunião do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) do Fed.

As negociações estão mexendo com os mercados europeus, que operam mistos nesta manhã de terça-feira.

No Brasil, o dia segue com agenda econômica esvaziada. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, segue em viagem pelo Oriente Médio, onde participa de reuniões com lideranças locais para aprofundar as relações bilaterais.

Brasil

Em dia de baixa liquidez nos mercados devido ao feriado de Dia do Presidente nos Estados Unidos, o Ibovespa voltou a fechar em alta na segunda-feira (17), repercutindo o cenário doméstico. O principal indicador da Bolsa brasileira subiu 0,26%, voltando ao patamar dos 128.549,92 pontos.

O principal assunto do dia por aqui foi o IBC-Br, considerado uma espécie de “termômetro do PIB” (Produto Interno Bruto), que fechou 2024 com crescimento de 3,8%. Mas, no mês de dezembro, o indicador recuou 0,7%, queda mais intensa que o esperado por analistas, demonstrando que a economia pode estar perdendo força, o que animou os agentes.

O dólar comercial recuperou um pouco da forte queda de sexta-feira (14) e subiu 0,29%, a R$ 5,712.

Europa

As bolsas europeias operam mistas nesta manhã de terça-feira, em meio às crescentes preocupações sobre as negociações para um cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia, que vem sendo liderada pelo governo dos EUA. Contudo, Ucrânia e lideranças da Europa foram excluídas da negociação.

Líderes europeus realizaram uma cúpula de emergência em Paris na segunda-feira (17) para discutir como responder à aparente decisão de deixar a Europa de lado nas negociações.

Lembrando que os europeus concordaram em aumentar os gastos com defesa e, mesmo assim, não houve alinhamento sobre o envio de tropas de paz para a Ucrânia após qualquer acordo de cessar-fogo.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,01%
DAX (Alemanha): -0,05%
CAC 40 (França): -0,06%
FTSE MIB (Itália): +0,47%
STOXX 600: +0,05%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA sobem hoje, na volta do feriado em homenagem a George Washington, o primeiro presidente do país. Os títulos do Tesouro dos EUA caem hoje.

Mais cedo, o governador do Federal Reserve, o bc dos EUA, Christopher Waller, disse que dados econômicos recentes apoiavam a manutenção das taxas de juros dos EUA até que mais progresso fosse visto na inflação.

Dow Jones Futuro: +0,12%
S&P 500 Futuro: +0,28%
Nasdaq Futuro: +0,42%

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam mistos, com investidores reagindo aos comentários do presidente da China, Xi Jinping, que sinalizou ontem apoio ao setor privado do país durante uma reunião com grandes lideranças empresariais de vários segmentos. Ele pediu às empresas que mostrem seus “talentos”.

A aproximação de Xi com empresários mostra uma virada de chave na postura do governo chinês, em um momento em que se sente ameaçado pela política tarifária agressiva de Donald Trump, presidente dos EUA.

Shanghai SE (China), -0,93%
Nikkei (Japão): +0,25%
Hang Seng Index (Hong Kong): +1,59%
Kospi (Coreia do Sul): +0,63%
ASX 200 (Austrália): -0,66%

Petróleo

Os preços do petróleo operam no campo positovo, após um ataque de drones a uma estação de bombeamento de oleoduto na Rússia, que reduziu os fluxos do Cazaquistão. Enquanto isso, membros da OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) disseram que o grupo estava considerando adiar a restauração da produção.

Petróleo WTI, +0,98%, a US$ 71,43 o barril
Petróleo Brent, +0,23%, a US$ 75,39 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, são aguardadas falas de membros do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA).

Por aqui, no Brasil, economistas consultados pelo Ministério da Fazenda melhoraram a previsão do déficit primário para 2025, de R$ 84,3 bilhões para R$ 80 bilhões, mas pioraram a de 2026, prevendo déficit de R$ 83,3 bilhões. A projeção para a dívida pública bruta caiu para 80,74% do PIB em 2025, mas subiu para 84,90% em 2026. O mercado segue cético sobre a sustentabilidade fiscal do governo, enquanto o aumento dos juros pelo Banco Central eleva o custo da dívida. O governo busca zerar o déficit em 2024 e alcançar superávit de 0,25% do PIB em 2026, mas as medidas anunciadas geram dúvidas.

*Com informações do InfoMoney e Bloomberg

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