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Enquanto a Bolsa brasileira ficou fechada nesses dias de Carnaval, os mercados mundiais seguiram abertos, repercutindo a escalada da guerra tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O republicano anunciou o início das tarifas de 25% sobre o Canadá e o México no fim da tarde de segunda-feira (3). Ele também dobrou a tarifa sobre todas as importações chinesas de 10% para 20% – essas taxas se somam às tarifas existentes sobre centenas de bilhões em produtos chineses.
Entre os principais índices americanos, na segunda, o Nasdaq Composto foi o índice mais perdedor, com queda de 2,64%. A Nvidia registrou um dos recuos mais intensos, de 8,69%, encerrando o pregão com o menor preço desde meados de setembro do ano passado. A Amazon caiu 3,42%.
O índice S&P 500 caiu 1,76%, enquanto o Dow Jones fechou em queda de 1,48%.
Na terça-feira (4), a baixa continuou e se estendeu para outros mercados. Ao longo da sessão, porém, alguns nomes do setor de tecnologia que haviam sofrido mais em pregões anteriores, como a Nvidia, encontraram espaço para uma leve recuperação e podem ter sido impulsionados pelo aumento nas expectativas de corte de juros pelo Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) no decorrer de 2025.
O índice Nasdaq recuou 0,35%, para 18.285 pontos. O S&P 500 fechou em queda de 1,22%, aos 5.778 pontos, enquanto o Dow Jones caiu 1,55%, aos 42.520 pontos. No acumulado do ano, todos os índices estão no vermelho, com destaque para o Nasdaq Composto, que registra perdas de 5,71%.
As ações globais registram queda expressiva em todos os setores, pois as preocupações com os impactos de uma guerra comercial na economia global estimularam uma fuga para títulos de curto prazo, ouro e moedas mais protegidas. O petróleo também tem baixa.
De Nova York a Londres e Tóquio, as ações caíam. O S&P 500 apagou seu rali pós-eleição de US$ 3,4 trilhões.
Brasil
A Bolsa brasileira voltará a operar na Quarta-feira de Cinzas em um pregão reduzido, passando a operar a partir das 13h (horário de Brasília).
O Ibovespa fechou a última semana com forte desvalorização, acumulando uma queda de 3,41%, aos 122.799 pontos. O índice oscilou entre a mínima de 122.658 pontos e a máxima de 127.274 pontos, refletindo o aumento da pressão vendedora. O movimento confirma a continuidade de baixa iniciada após o topo do ano em 129.534 pontos, com alvo de curto prazo na mínima de 2025, em 118.222 pontos.
A tensão marcou a sexta-feira (28), último dia do mês e pré-feriado de Carnaval. O Ibovespa fechou o dia com queda parruda de 1,60%, aos 122.799,09 pontos, uma perda de 1.999,87 pontos. Na semana, o indicador acumula baixa de 3,4%, e no mês, de 2,64%. No ano, porém, o índice acumula ganhos de 2%.
O clima pesou forte na Casa Branca, com um acontecimento quase inédito. Em frente à imprensa mundial, os presidentes da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e dos Estados Unidos, Donald Trump, bateram boca feio.
A tensão na Casa Branca afetou o dólar, que voltou a ter forte alta de 1,50%, cotado a R$ 5,90.
*Com informações do InfoMoney e Bloomberg
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