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Os índices futuros dos EUA operam em trajetória negativa, nesta manhã de segunda-feira (10), com os investidores avaliando as medidas que estão sendo anunciadas pelo presidente Donald Trump. Cresce entre os agentes o receio de que a guerra comercial possa levar a economia estadunidense à recessão.
O aumento das tarifas sobre parceiros comerciais estratégicos, como Canadá e México, somada à alta na taxa de desemprego e os cortes na força de trabalho federal ampliam os temores de desaceleração econômica.
No mercado de títulos, os agentes sinalizam um risco crescente de estagnação. Por sua vez, Trump descreve este como “um período de transição”.
Na próxima semana, acontece a reunião do Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense), e os agentes já começam a medir como todos os acontecimentos vão se refletir na política de juros.
Na sexta-feira passada (7), o presidente do Fed, Jerome Powell, disse em um evento que não há necessidade de apressar a mudança nas taxas de juros dos Estados Unidos. “Não precisamos ter pressa e estamos bem posicionados para esperar por maior clareza”, afirmou.
Na Europa, os mercados começam a semana operando mistos, enquanto a Alemanha se afasta da austeridade fiscal. A região se prepara para ampliar aumento de gastos em defesas militares, diante da postura de Trump frente ao conflito entre Rússia e Ucrânia.
No Brasil, a agenda econômica no Brasil traz hoje a divulgação de indicadores importantes. O dia começa com a divulgação do IGP-DI de janeiro, seguindo pelo Relatório Focus do Banco Central, que traz as projeções do mercado financeiro para a economia.
À tarde, às 15h, a Balança Comercial semanal será divulgada, fornecendo informações sobre as exportações e importações do país.
Na esfera política, o presidente Lula (PT) empossa hoje Alexandre Padilha no Ministério da Saúde e Gleisi Hoffmann na Articulação Política, dando início, assim, à reforma ministerial.
Brasil
O Ibovespa fechou a sexta-feira (7) com alta considerável de 1,36%, aos 125.034,63 pontos, ganho de 1.677,08 pontos.
Os agentes repercutiram o PIB (Produto Interno Bruto) de 2024, que avançou 3,4%, crescimento mais forte do que o observado em 2023, quando a atividade do país cresceu 3,2%. A taxa de 2024 também foi a maior registrada desde 2021.
O presidente Lula (PT) comemorou o resultado: “PIB crescendo é mais emprego e renda na mão dos brasileiros e das brasileiras. 2025 é o ano da colheita”, escreveu o petista em seu perfil na rede social X (antigo Twitter).
A alta do Ibovespa foi a maior em um só pregão desde os 2,70% de 14 de fevereiro último. Assim, a semana de apenas dois dias e meio, encurtada pelo feriado prolongado de Carnaval, fechou no campo positivo, com avanço de 1,82%.
O dólar comercial subiu 0,57%, cotado em R$ 5,79.
Europa
As bolsas europeias operam mistas, enquanto a Alemanha vai se afastando da austeridade fiscal e a região começa a prospectar aumento de gastos com defesa militar, diante das tensões acerca do conflito entre Rússia e Ucrânia.
FTSE 100 (Reino Unido): -0,19%
DAX (Alemanha): +0,05%
CAC 40 (França): +0,03%
FTSE MIB (Itália): -0,04%
STOXX 600: -0,05%
Estados Unidos
Em dia de agenda econômica esvaziada nos EUA, os índices futuros caem, com os agentes repercutindo as medidas anunciadas pelo presidente Donald Trump e os últimos dados macroeconômicas. Há um temor de que a economia norte-americana possa entrar em recessão.
Dow Jones Futuro: -0,58%
S&P 500 Futuro: -0,76%
Nasdaq Futuro: -0,93%
Ásia
As bolsas asiáticas fecharam mistas, com investidores em compasso de espera para a entrada em vigor, na quarta-feira (12), das tarifas de 25% dos EUA sobre as importações de aço e alumínio.
No fim de semana, a inflação ao consumidor na China entrou em território negativo pela primeira vez em 13 meses, impactada por distorções sazonais e pressões deflacionárias. O índice de preços ao consumidor recuou 0,7% em fevereiro na comparação anual, após um avanço de 0,5% no mês anterior.
No sábado, o governo chinês anunciou tarifas retaliatórias sobre produtos agrícolas do Canadá, em resposta às taxas de importação impostas por Ottawa no ano passado sobre veículos elétricos, aço e alumínio chineses.
Shanghai SE (China), -0,19%
Nikkei (Japão): +0,38%
Hang Seng Index (Hong Kong): -1,85%
Kospi (Coreia do Sul): +0,27%
ASX 200 (Austrália): +0,18%
Petróleo
Os preços do petróleo operam perto da estabilidade, com a crescente preocupação dos agentes sobre o impacto das tarifas de importação dos EUA no crescimento econômico global e na demanda por combustível.
Petróleo WTI, +0,04%, a US$ 67,07 o barril
Petróleo Brent, +0,09%, a US$ 70,42 o barril
Agenda
Agenda econômica internacional esvaziada nesta segunda-feira.
Por aqui, no Brasil, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, afirmou na sexta-feira (7) que a desaceleração da economia brasileira é necessária para levar a inflação à meta de 3%. Ele destacou que o hiato do produto está positivo, mas pode se tornar negativo em seis trimestres, reduzindo pressões inflacionárias. Atualmente, a inflação acumulada em 12 meses é de 4,56%, acima do centro da meta. Para conter os preços, o BC mantém a Selic elevada, hoje em 13,25% ao ano. Guillen também mencionou que o PIB brasileiro cresceu 3,4% em 2024, abaixo da previsão do governo (3,5%), e que há sinais iniciais de moderação no mercado de trabalho.
*Com informações do InfoMoney e Bloomberg
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