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O presidente Lula (PT) afirmou, nesta sexta-feira (14), que vai encaminhar na terça-feira (18) ao Congresso a proposta que concede isenção de IR (Imposto de Renda) para quem ganha até R$ 5 mil, promessa de campanha do petista.
“Nós vamos anunciar no dia 18 que quem ganha até R$ 5 mil não pagará mais Imposto de Renda neste país. Porque, na verdade, quem paga imposto de renda neste país é quem tem desconto na fonte, porque não tem como sonegar”, disse Lula durante evento de entrega de ambulâncias em Sorocaba, no interior de São Paulo.
Ontem (13), logo após reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, já havia antecipado que o governo apresentará na semana que vem o projeto de isenção do IR.
Atualmente, o limite de isenção é de R$ 2.824 (até dois salários mínimos), considerando o desconto simplificado de R$ 564,80. A mudança, se aprovada pelo Congresso até o ano que vem, só entra em vigor em 2026.
“É descontado na folha de pagamento dele [o trabalhador], mas quem ganha muito às vezes nem paga, inventa sempre uma mutreta para não pagar. Então, o que nós queremos é salvar o povo trabalhador de pagar o Imposto de Renda, enquanto muita gente rica sonega. Eles não gostam e não gostam mesmo”, completou Lula.
Este ano, o governo já informou que pretende manter a faixa de isenção em dois salários mínimos (R$ 3.036,00), mas ainda não encaminhou o ato legal para isso.
“Tem gente que fica muito nervoso com esse tal de Lula “que só quer cuidar de pobre”. E quero cuidar, porque quem precisa do Estado são as pessoas mais humildes. As pessoas mais ricas não precisam do Estado”, ironizou o petista.
Lula afirma que brasileiro “vai voltar a comer picanha”
No mesmo evento, Lula disse ainda que o país enfrenta uma “crise tremenda” devido à alta dos preços dos alimentos, mas prometeu que a carne ficará mais barata e o brasileiro poderá “voltar a comer picanha”.
Entrou em vigor, nesta sexta-feira, a lista final dos alimentos que terão o Imposto de Importação zerado, entre os quais estão carnes, café, milho, bolachas, entre outros.
“Nós estamos com a economia crescendo, temos o menor nível de desemprego da história e nós temos certeza que a economia vai continuar crescendo. Estamos agora com um problema de alimento, vocês sabem, o ovo está caro. E até hoje não encontrei uma explicação para o ovo estar caro. Não tem explicação. Alguém está passando a mão. E nós queremos saber quem é. A carne vai baixar, vocês podem ter certeza de que vocês vão voltar a comer picanha outra vez”, afirmou Lula.
Ambulâncias
Ao lado de ministros, Lula visitou a sede de uma empresa especializada na adaptação de veículos para anunciar a entrega de 789 ambulâncias para o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).
O Planalto informou que o programa vai beneficiar 559 municípios de 21 estados, com investimento de R$ 243,5 milhões por meio do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
São 703 ambulâncias e 86 unidades de suporte avançado — essas serão distribuídas a 72 municípios de 17 estados.
O evento contou com as presenças do vice-presidente e ministro do MDIC (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), Geraldo Alckmin; do ministro da Saúde, Alexandre Padilha; e do prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga, do mesmo partido do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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