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O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, planeja excluir um conjunto de tarifas específicas de setores e implementar medidas tarifárias recíprocas a partir de 2 de abril, conforme reportado pela Bloomberg News e pelo Wall Street Journal, com base em fontes oficiais.
Em fevereiro, Trump anunciou sua intenção de estabelecer tarifas de aproximadamente 25% sobre automóveis, além de taxas similares para semicondutores e produtos farmacêuticos importados. No entanto, após pressão das três maiores montadoras americanas, ele decidiu adiar parte dessas tarifas sobre veículos.
Segundo o Wall Street Journal, é pouco provável que as tarifas de setores específicos sejam divulgadas no prazo inicial, que é 2 de abril. Ainda assim, a Casa Branca estaria mantendo o plano de apresentar medidas tarifárias recíprocas nesse dia, embora os detalhes permaneçam em discussão.
Já a Bloomberg News informou no sábado que as tarifas setoriais seriam retiradas do pacote de medidas.
Apesar das declarações do secretário do Tesouro, Scott Bessent, apontando um possível adiamento, a Casa Branca reiterou na semana passada que Trump deseja que as novas tarifas recíprocas entrem em vigor em 2 de abril.
Até o momento, a Casa Branca não se manifestou sobre o assunto fora do expediente oficial.
‘O Brasil não é um problema para os EUA’, diz Geraldo Alckmin sobre tarifas de Trump
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, disse que o Brasil não é um “problema” para os Estados Unidos e que “lamenta” a atitude do país de impor tarifas de importação que devem afetar o comércio brasileiro.
“Os EUA têm superávit com o Brasil tanto no comércio de serviços quanto de bens”, destacou Alckmin. O ministro participa do evento “Rumos 2025”, promovido pelo jornal Valor Econômico nesta segunda-feira (24). Segundo ele, o conjunto das exportações americanas ao Brasil tem uma tarifa média de 2,7%. Por isso, considera que um tarifa alta aos produtos brasileiros vindos dos norte-americanos não seria justa.
De acordo com o vice-presidente, o Brasil está “empenhado” em avançar nas negociações com os EUA e que acredita que a possibilidade de uma política de cotas para as exportações brasileiras pode ser uma medida justa.
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