Boa notícia para o bolso do brasileiro: a conta de luz deve subir menos do que a inflação em 2025. A estimativa é da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que prevê um reajuste médio de 3,5% nas tarifas de energia no país no próximo ano.
Para comparar: a expectativa para o IPCA (índice oficial da inflação) é de 5,6%, enquanto o IGP-M deve fechar em 5,1%. Ou seja, o aumento da conta de luz deve ficar abaixo dos principais indicadores econômicos.
Essa previsão foi divulgada em um novo boletim da Aneel chamado InfoTarifa, lançado nesta segunda-feira (7). A ideia é oferecer mais transparência sobre os impactos tarifários e manter a população atualizada com dados trimestrais.
“Nosso objetivo é proporcionar à sociedade previsibilidade e transparência quanto aos impactos no cálculo das tarifas, e a ideia é atualizar esse panorama trimestralmente, à medida que os reajustes das distribuidoras forem deliberados”, diz o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, em material divulgado pela agência.
Dois fatores ajudaram a aliviar a conta de luz
Desde o começo do ano, alguns elementos positivos ajudaram a conter os custos da energia:
- Bônus de Itaipu: Um repasse de R$ 1,3 bilhão referente ao saldo positivo da usina Brasil–Paraguai foi revertido para beneficiar cerca de 78 milhões de famílias que consomem até 350 kWh por mês.
- Bandeira verde: Em vigor de janeiro a abril, ela indica que os níveis dos reservatórios das hidrelétricas estão saudáveis — e, com isso, não há cobrança extra na conta.
Porém, no IPCA de fevereiro, o subitem energia elétrica residencial passou de uma queda de 14,21% em janeiro para uma alta de 16,80% em fevereiro. Isso devido ao fim do bônus de Itaipu.
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