O Supremo Tribunal Federal (STF) publicou, nesta sexta-feira (11), a decisão da Primeira Turma que tornou réus o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete denunciados por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. A publicação do acórdão marca o início formal da ação penal.
Os advogados dos oito réus serão notificados e terão prazo para questionar ou contestar trechos do julgamento de março. As questões serão respondidas pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, que pode submeter a decisão ao plenário da Corte.

Ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.
Após essa etapa, começa a fase de instrução do julgamento, na qual há coleta de provas, depoimento de testemunhas, interrogatórios e apresentação de novos argumentos da defesa. Ao fim de todo esse procedimento, Bolsonaro e os demais réus irão de fato a julgamento.
Julgamento no STF
Com a publicação do acórdão, tem início a chamada fase de instrução da ação penal. O Ministério Público e as defesas poderão apresentar provas; pedir diligências; convocar testemunhas; debater as teses das defesas e da acusação; e realizar todos os atos processuais previstos na legislação.
Ao final dessa etapa, o STF fará o julgamento do mérito: decidirá se os réus devem ser condenados ou absolvidos. A data de julgamento, porém, depende da quantidade de diligências, oitivas e recursos apresentados.
Os réus, caso condenados, poderão ter penas de prisão que variam a depender do crime imputado, como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa e dano qualificado. Também podem ser aplicadas sanções como reparação de danos; perda de cargos e mandatos; e inelegibilidade.
Pergunte ao Chat ICL
Relacionados
‘Salvo-conduto ao golpismo’, diz Chico Alencar sobre PL que pode barrar ação contra Bolsonaro
Câmara aprovou projeto com brecha para tentar atingir todo o processo relativo à trama golpista de 2022
Coronel da PM quer reabrir instrução penal com provas de ação contra Bolsonaro
Advogados afirmam que processo contra alto escalão do governo reúne elementos novos
Sete de nove convênios envolvidos na fraude do INSS foram assinados sob Bolsonaro
Levantamento junto ao Diário Oficial revelou os acordos de descontos que mais lesaram aposentados e pensionistas