Na manifestação da Procuradoria Geral da República ao STF (Supremo Tribunal Federal) para a autorização da Operação Vigilância Aproximada, a PGR informou que os investigadores encontraram R$ 1 milhão em moeda estrangeira com um dos investigados no caso.
Essa investigação apura a existência de uma organização criminosa que se instalou na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) com o intuito de monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas, utilizando-se de ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial. Um dos alvos de busca e apreensão foi o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ)
“É útil rememorar que em outras etapas das investigações foram encontradas substanciosas quantias em moeda estrangeira sem explicação de origem (próximas a 1 milhão de reais) na posse de um dos investigados. Deve ser ressaltado que a Agência dispunha de verbas financeiras identificadas como secretas, que dispensavam a comprovação da despesa a que deveriam se vincular”, informa o procurador-geral da República, Paulo Gonet.
Esses dados constam das medidas que basearam a operação nesta quinta-feira (25). O deputado Ramagem é o principal alvo de busca e apreensão da PF.
A operação é uma continuação das investigações da Operação Última Milha, deflagrada outubro de 2023. As provas obtidas a partir das diligências executadas pela Polícia Federal à época indicam que o grupo criminoso criou uma estrutura paralela na Abin e utilizou ferramentas e serviços daquela agência de inteligência do Estado para ações ilícitas, produzindo informações para uso político e midiático, para a obtenção de proveitos pessoais e até mesmo para interferir em investigações da Polícia Federal.
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