Ao menos quatro países têm feito esforços diplomáticos para conseguir uma trégua mais longa do que a última estabelecida em Gaza. O diretor da Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos, William Burns, e autoridades do Egito, Catar e Israel discutiram, no domingo (28), em Paris, França, um possível novo cessar-fogo condicionado à libertação de reféns pelo Hamas.
Segundo informações de agências internacionais, o gabinete do primeiro-ministro israelense classificou a reunião de “construtiva”, acrescentando que ainda há “discordâncias” entre as partes, que “serão discutidas em outras reuniões nesta semana”.
O jornal The New York Times publicou que, segundo fontes do governo dos EUA, há otimismo entre os negociadores para um acordo final ser fechado logo. A princípio, o acordo discutido em Paris aborda uma possível primeira trégua de 30 dias para libertar mulheres e reféns mais idosos e feridos.
Durante o período, as duas partes negociariam uma segunda fase, que duraria mais 30 dias, e permitiria a libertação de homens e soldados. Ainda segundo o jornal, o acordo também incluiria a libertação de palestinos detidos em penitenciárias de Israel.
MAIS MORTES
Neste domingo (28), houve mais mortes em Gaza. Ao menos 24 palestinos foram mortos em Khan Younis, no Sul do território, após intenso bombardeio de aviões israelenses, como informou o Ministério da Saúde do Hamas. Os ataques ocorreram enquanto se negociava a possível trégua em Paris.
O exército de Israel falou em “combates pesados” em Khan Younis, considerado um reduto do grupo fundamentalista Hamas. Os confrontos se deram principalmente em torno dos hospitais al-Nasser e al-Amal, que só funcionam parcialmente e abrigam milhares de refugiados que fogem do bombardeio.
Israel afirma ter eliminado “terroristas” e apreendido “grandes quantidades de armas”.
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