A agência de checagem Sanad, da rede de televisão Al Jazeera, investigou a alegação israelense de que o bombardeio ao Hospital al-Ahli, em Gaza, foi resultado de uma falha de disparo de um foguete da Jihad Islâmica Palestina.
A versão do Exército de Israel é contestada por autoridades palestinas, que dizem que a unidade de saúde foi atingida como resultado dos sucessivos bombardeios que o governo de Benjamin Netanyahu impõe à Faixa de Gaza desde 7 de outubro, quando houve o ataque do grupo terrorista Hamas.
APURAÇÃO CRONOLÓGICA
A investigação da Sanad analisou imagens codificadas cronologicamente de diversas fontes, incluindo uma transmissão ao vivo feita por um jornalista da Al Jazeera. Concluiu que não há nada que prove que a explosão no hospital foi causada por um foguete que falhou.
Foram analisadas imagens ao vivo de Gaza feitas de Israel, que indicaram que a transmissão ao vivo da Al Jazeera tem um atraso de 35 segundos. A investigação revela que militares israelenses erraram ao interpretar as provas.
O intuito dos militares seria construir a versão de que uma das explosões registradas por diversas câmeras foi provocada por uma falha no disparo de um foguete da Jihad Islâmica.
Com base em uma análise detalhada de todos os vídeos, os analistas da Sanad concluíram que a explosão que Israel diz ter sido causada por uma falha de ignição de foguetes da Jihan, na verdade são compatíveis com as causadas pelo sistema de defesa antimísseis Iron Dome de Israel.
Isso teria ocorrido quando o sistema foi ativado interceptar um foguete disparado da Faixa de Gaza.
“Como resultado, o grupo de checadores digitais da Al Jazeera não encontrou provas da afirmação do Exército de Israel de que o ataque ao Hospital Árabe al-Ahli, em Gaza, foi causada por um míssil que falhou”, afirma um vídeo divulgado pela emissora.
CONFIRA O VÍDEO:
An Al Jazeera digital investigation found no grounds for the Israeli army’s claim that the strike on the al-Ahli Arab hospital in Gaza was caused by a failed rocket launch. pic.twitter.com/DQsrBXfwmL
— Al Jazeera English (@AJEnglish) October 19, 2023
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