As declarações e os atos de Donald Trump nos primeiros momentos de exercício de seu segundo mandato como presidente dos Estados Unidos não deixam dúvida: o mundo deve ficar muito preocupado com o que está por vir nos próximos quatro anos.
Praticamente em todas as áreas de ação do governo, Trump anunciou retrocessos ou fez ameaças que a história recente só registrou na biografia de imperadores e governantes autoritários.
Ao detalhar as medidas para “fazer a América grande novamente”, como prometeu na campanha, o atual presidente listou providências para atacar politicamente e economicamente outros países (sem descartar ofensiva militar), aumentar a destruição do meio ambiente mundial, acabar com políticas de equidade de gênero, fulminar a ideia de inclusão em terras americanas, privilegiar bilionários, tirar os limites das big techs e outras barbaridades.
Aí vão algumas de suas ideias e ações, anunciadas nesta segunda-feira (20):
- Por decreto, tirou os EUA da Organização Mundial da Saúde.
- Confirmou que vai acabar com políticas de diversidade e vai reconhecer apenas dois gêneros no país.
- Repetiu que deportará milhões de imigrantes ilegais.
- Previu aumento de 25% das tarifas alfandegárias para Canadá e México a partir de fevereiro.
- EUA sairão do Acordo de Paris e aumentarão a produção de hidrocarbonetos.
- Assinou o decreto de indulto para invasores do Capitólio.
- Revogou a decisão de Biden que tirou Cuba da lista de países patrocinadores do terrorismo.
O discurso de posse de Trump marca a radicalização em relação à sua primeira chegada à Casa Branca, em 2017.
Se não bastasse a retórica de extrema direita, usada de forma explícita em acenos ao eleitorado conservador, o fato de aliados importantes como Steve Bannon e Elon Musk fazerem publicamente gestos nazistas não deixam dúvidas: a democracia em todo mundo está em perigo.
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