Por Isabela Menon
(Folhapress) — Após a morte da menina Sarah Raíssa Pereira de Castro, 8 anos, a polícia apura se sua morte estaria ligada a um desafio do desodorante promovido e divulgado na internet. Em um primeiro momento, foi especulado que o TikTok teria sido a plataforma que hospedava o vídeo que induziu a menina a praticar o ato que levou a sua morte.
A empresa, no entanto, afirma que não há evidência de que este seja um desafio “específico do TikTok”. A plataforma diz que não identificou nenhum conteúdo viral ou trend relacionado ao tema em sua rede.
Também alega que o desafio não pode ser descrito como uma tendência desta plataforma, uma vez que há reportagens que mostram o fenômeno antes mesmo da origem do aplicativo chinês.

Sarah Raíssa Pereira de Castro, 8, morreu após inalar spray de desodorante em desafio do TikTok (Foto: Reprodução/Instagram)
A rede social diz que lamenta a morte de Sarah e que as diretrizes da comunidade determinam que não é permitido mostrar ou promover qualquer atividade que possa levar a qualquer dano físico.
“O TikTok tem uma moderação extremamente rigorosa e robusta, que combina tecnológica e expertise humana para remover qualquer conteúdo que viole essa política assim que identificado”, afirma a plataforma.
Moderação do TikTok
A empresa afirma que dos mais de 5 milhões de vídeos removidos entre julho e setembro do ano passado no Brasil, 98,8% foram removidos pela moderação da plataforma.
Também descreve que a plataforma é destinada para maiores de 13 anos, com mecanismo para bloquear a criação de contas de crianças e remoção proativa de contas que sejam identificadas. E diz, por fim, que possui uma série de ferramentas de segurança e bem-estar entre 13 e 17 anos.
A reportagem questionou a Polícia Civil do Distrito Federal nesta quarta-feira (16), porém não obteve retorno sobre o andamento das investigações e qual plataforma a menina teria usado no dia do acidente. O caso de Sarah, morta do último domingo (13), ainda não foi esclarecido.
Na segunda-feira, a polícia afirmou que o celular usado pela menina foi encaminhado para a perícia. O delegado à frente do caso, Walber José de Sousa Lima, afirma que tenta identificar quem criou esse conteúdo e quem o replicou.
Lima diz que, se encontrados, os responsáveis podem responder pelo crime de homicídio duplamente qualificado, com penas de até 30 anos de reclusão.
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