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Associação vai lançar campanha de igualdade de gênero na Conae 2024

Ação Educativa aproveitará a Conferência Nacional de Educação para combater discriminações no ambiente escolar
27/01/2024 | 05h00

A Ação Educativa levará a campanha “#FiqueDeOlho: para combater a violência, gênero nos Planos já!” para a próxima edição da Conferência Nacional de Educação (Conae 2024). O encontro será realizado, entre os dias 28 e 30 de janeiro, em Brasília.

De acordo com a Ação Educativa, o objetivo da campanha é impulsionar o debate de gênero no novo Plano Nacional de Educação (PNE). Este irá nortear a educação brasileira nos próximos dez anos — 2024–2034.

“Diante do cenário marcado pela perseguição contra docentes e estudantes, fomentado pelo ultraconservadorismo, comunidades escolares são as mais prejudicadas pelo atravessamento da cultura de ódio e pelo sentimento de autocensura. E os estudantes são os que mais sentem a necessidade da discussão de gênero e raça nas escolas”, afirma Bárbara Lopes, coordenadora do projeto Gênero e Educação da Ação Educativa e integrante da Articulação contra o Ultraconservadorismo na Educação.

A Ação Educativa afirma que a campanha visa fortalecer a escola como um ambiente acolhedor e garantir o direito de estudantes a uma educação de qualidade.

Para a entidade, os planos de educação nacionais precisam proporcionar a participação juvenil, garantir a reflexão crítica sobre as desigualdades e discriminações e combater violências.

CAMPANHA

A campanha “#FiqueDeOlho: para combater a violência, gênero nos Planos Já!” teve início em setembro de 2023. A iniciativa envolve várias ações, como disponibilizar materiais online, promover o debate e a mobilização nas etapas municipais e estaduais das discussões em torno do Plano Nacional de Educação.

Segundo Bárbara Lopes, a abordagem de raça e gênero têm sido uma demanda constantemente pautada pelas juventudes, seja na escola ou em outros espaços, contudo, ainda há desafios a serem enfrentados.

“A falta de apoio institucional, de políticas de formação docente e de materiais de apoio e a censura a essas temáticas têm contribuído para esvaziar a dimensão cidadã da escola e seu compromisso com a superação das desigualdades. Mais do que isso, aumentam a violência e a exclusão escolar, negando o direito à educação para parcelas importantes da juventude brasileira”, destaca Bárbara.

MATERIAIS

Com o objetivo de fortalecer a discussão, a Ação Educativa reuniu diversos materiais relacionados à importância de se trabalhar gênero nas escolas, em formato de cards, folders, vídeos e outros. Os materiais podem ser acessados pelo site da campanha.

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