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Ataque israelense em Gaza deixa 112 mortos na fila da comida

Segundo os relatos, soldados de Israel atiraram em palestinos famintos que se agloreavam a espera de mantimentos
29/02/2024 | 11h27

Um ataque israelense durante fila da comida que era distribuída na Cidade de Gaza, deixou 112 pessoas nesta quinta (29/2).

O ataque israelense em Gaza

As fontes israelenses confirmaram os tiros contra a multidão, mas negaram a responsabilidade. O Exército israelense citou que os moradores morreram pisoteados durante a distribuição de ajuda humanitária.

“O número de mortos no massacre da rua Al Rashid (onde os alimentos eram distribuídos) é de 104 mortos e 760 feridos”, afirmou o porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, Ashraf Al Qudra. O balanço divulgado depois fez esse número subir para 112 mortos.

Em depoimento à emissora americana CNN, um integrante das forças israelenses admitiu que os militares usaram munição real. Ele explicou que “a multidão se aproximava das forças de maneira que representava ameaça aos soldados, que responderam com fogo real”.

Ataque acontece 1 dia depois de a marca de vítimas fatais dos ataques do governo de Israel à população de Gaza ter chegado a 30 mil, a maioria mulheres e crianças.

Caminhões de ajuda

Testemunhas relataram à AFP que avistaram milhares de pessoas correndo em direção dos caminhões de ajuda humanitária que se aproximavam da rotatória de Nablus, localizado ao oeste da Cidade de Gaza, a principal cidade do norte do território.

Veja aqui o vídeo do local, veiculado pela rede de TV Al Jazeera.

A Organização das Nações Unidas (ONU) calcula que 2,2 milhões de pessoas da Faixa de Gaza estão ameaçadas pela fome, especialmente no norte do território, onde a destruição, os combates e os saques praticamente impossibilitam a entrega de ajuda humanitária.

Segundo a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (Unrwa), quase 2.300 caminhões de ajuda humanitária entraram na Faixa de Gaza em fevereiro, com a média de 82 veículos por dia — quantidade 50% menor do que em janeiro.

Com informações da AFP

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